O governo do Sri Lanka restringiu o acesso de seus cidadãos às redes sociais após uma série de atentados terroristas realizados em igrejas e hotéis e que deixaram pelo menos 290 mortos e cerca de 500 feridos na manhã deste domingo (21).
De acordo com o site de monitoramento NetBlocks, páginas como WhatsApp, Facebook, YouTube e Viber estão inacessíveis do país. A imprensa local noticia que a razão do bloqueio seria o combate à desinformação que se espalhou pela web após os ataques de ontem. “O secretário presidencial disse em um comunicado que a decisão de bloquear as mídias sociais foi tomada após relatos de notícias falsas se espalhando por meio delas”, escreveu o site de notícias cingalês News.lk.
Reino das fake news?
Serviços como Facebook e WhatsApp vêm sendo criticados nos últimos anos por serem espaços ondem as notícias falsas se espalham rapidamente e sem a devida ação por parte de seus proprietários para coibir a desinformação.
Em comunicado enviado ao TechCrunch, a empresa de Mark Zuckerberg afirmou estar ciente do bloqueio, mas garantiu ter equipes “trabalhando para dar suporte aos socorristas e às autoridades, bem como para identificar e remover conteúdos que violam os nossos padrões". Além disso, a companhia afirmou estar “comprometida em manter os nossos serviços e a ajudar a comunidade e o país durante esse momento trágico”.
Novo bloqueio no Sri Lanka
Apesar das justificativas dadas pelo governo cingalês para bloquear as redes sociais, essa não é a primeira vez que isso ocorre por lá. No ano passado, o Sri Lanka ordenou que os provedores de internet bloqueassem o acesso ao mensageiro Viber, ao Facebook, ao WhatsApp e ao Instagram durante uma série de protestos étnicos violentos que ocorreram no país.
Também naquele momento o Facebook foi acusado de ser pouco ativo no combate às fake news que se espalhavam pela rede social. Isso porque parte da violência vista nos protestos contra muçulmanos envolvia boatos e mentiras espalhados pela web.