Facebook lança sua versão do Patreon — mas ela não é tão vantajosa assim

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Recentemente, o Facebook começou a expandir o acesso dos usuários à sua própria versão rival do Patreon, o Fan Subscriptions, que permite que os donos das páginas tenham a possibilidade de oferecer conteúdo aos inscritos por um valor cobrado mensalmente. Entretanto, o grande problema está relacionado aos termos do recurso, que não são uma boa pedida para os criadores: segundo eles, a rede social ganha a permissão – até mesmo depois de o usuário cancelar sua assinatura - de utilizar o trabalho deles e receber um valor sobre as assinaturas.

Quando o Facebook anunciou o recurso, a novidade estava disponível apenas para 10 criadores e artistas distribuídos dos Estados Unidos e Reino Unido. Depois deste período inicial de testes, a rede social começou a entrar em contato com mais criadores para que eles experimentassem o serviço. O recurso permite que os criadores ofereçam assinaturas de 5 dólares mensais para seus fãs, que ganham acesso a conteúdos exclusivos e tenham um símbolo de apoiador perto dos seus nomes de usuário quando comentarem algo na página patrocinada.

 

Até o momento, os donos das páginas estão recebendo o valor inteiro das assinaturas. Mesmo assim, a ideia do Facebook é começar a receber suas parcelas assim que o recurso for lançado formalmente, sendo que os termos de uso permitem que a rede social receba até 30% do valor. Esta é uma porcentagem que pode ser considerada padrão para um aplicativo presente na App Store ou Play Store, mas torna-se enorme ao considerarmos que esta é uma plataforma direcionada ao trabalho dos criadores; afinal, o Patreon recebe apenas 5% da quantia investida pelos assinantes.

Na opinião de Matt Saincome, fundador do portal The Hard Times, é bem provável que o Facebook utilize estes termos para atrair criadores interessados no serviço. Então, a plataforma deve aumentar a quantia de dinheiro que será recebida para ter vantagens sobre o conteúdo. Vale lembrar que os criadores de conteúdo e artistas não costumam ver as páginas do Facebook com bons olhos, uma vez que a rede social limita o alcance dos posts e o algoritmo dá preferência a amigos e familiares para verem as publicações.

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