O Facebook cresceu muito e se tornou um gigante quase incontrolável ao longo dos últimos 15 anos, o que levou a rede a diversos escândalos envolvendo mau uso de dados e privacidade especialmente nos últimos anos. Uma das bases desses problemas pode ter sido a estratégia de, em linhas gerais, crescer a qualquer custo, mas isso começa a ser revisto.
A companhia anunciou uma revisão na sua política de distribuição de bônus a seus funcionários e passará a privilegiar o critério de “bem social” para pagar valores extras. Até então, o critério para bônus eram itens como aumento da base de usuários e de compartilhamentos feitos dentro da rede.
Em vez de aumentar número de usuários, Facebook levará em conta critérios de 'bem social' para premiar funcionários
A nova política foi anunciada aos trabalhadores no último dia 5 e visa solucionar problemas sociais como discurso de ódio e desinformação, que se proliferam aos montes dentro da rede. Ao relacionar benefícios financeiros de seus funcionários à resolução dessas questões, o Facebook espera tornar a sua plataforma um ambiente mais agradável e capaz de melhorar a vida dos usuários.
Ainda não fica claro como os avanços de “bem social” serão medidos e como os bônus serão calculados a partir disso, mas, apesar de reconhecer que não existe uma fórmula simples, o diretor de tecnologia do Facebook Mike Schroepfer deu um exemplo: um dos critérios seria a quantidade de perfis falsos removidos todos os dias. "Será a primeira vez que avaliaremos isso", declarou o executivo.
Se isso dará certo, só o tempo dirá, mas a mudança não deixa de ser uma sinalização importante dentro Facebook. Ela vem na esteira de outras medidas relevantes dentro da rede para combater fake news e discursos de ódio, como mais medidas para evitar interferências em processos eleitorais, mais transparência em anúncios, uso de botões de contexto em publicações e parcerias com agências de verificação de fatos.
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