O Facebook teve inúmeros problemas vindo à tona em 2018, com direito a acusação de ter permitido interferência externa russa nas eleições dos Estados Unidos em 2016 — isso sem falar na Cambridge Analytica. Nesta semana, a empresa anunciou uma série de medidas que serão aplicadas em diversas partes do mundo em 2019 a fim de evitar que tais problemas se repitam.
Além do já tradicional combate às fake news por meio de botões de contexto adicionados a todos os links compartilhados pela rede social e da ferramenta de transparência em anúncios, a companhia anunciou três grandes medidas que passam a vigorar em 2019. A ideia é dar mais transparência, agilidade e intensidade ao combate à desinformação.
Mais transparência
Para garantir ainda mais transparência e segurança às disputas eleitorais, o Facebook já proibiu na Nigéria que anúncios eleitorais sejam pagos de fora do país — isso será replicado nas eleições Índia, na Ucrânia, em Israel e para o Parlamento Europeu deste ano.
Além disso, será necessário autorização para publicar anúncios políticos e a rede manterá um repositório com eles durante o período de sete anos.
“Os anunciantes precisarão ser autorizados para comprarem anúncios políticos”, revela o Facebook. “Daremos às pessoas mais informações sobre publicidade ligada a política e questões importantes e criaremos uma biblioteca pública com esses anúncios durante sete anos”, prossegue a rede social.
Até o fim de junho, todos esses recursos estarão ativos em todo o mundo.
Novos centros de operações regional
O Facebook abrirá dois novos centros de operações regionais em Dublin, na Irlanda, e em Singapura. A ideia é que esses novos grupos reúnam esforços de equipes de inteligência, ciência de dados, engenharia, pesquisa e operações de comunidade, entre outros, para reforçar o combate à desinformação, às fake news, ao discurso de ódio e à supressão de eleitores.
Maior combate às fake news
As notícias falsas, tão conhecidas do público brasileiro, especialmente durante o último período eleitoral, também foram lembradas nos novos planos do Facebook. A rede promete três medidas relacionadas a isso:
- Remoção de conteúdo que viola os Padrões de Comunidade;
- Redução da distribuição de conteúdo que não viola as diretrizes, mas prejudica o nível informacional, como publicações caça-cliques e sensacionalistas;
- Mais informação de contexto em materiais que chegam ao Feed de Notícias, com mais dados a respeito do conteúdo em si e de quem o publica disponíveis para o leitor.
O Facebook garante, também, que o programa de verificação de fatos com agências parceiras continuará sendo expandido — atualmente, o programa já avalia conteúdos em 16 idiomas diferentes, informa a empresa.
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