O Facebook revelou que, apenas até setembro de 2018, mais de 14 milhões de conteúdos relacionados a terrorismo já foram removidos da rede social. A companhia detalhou algumas de suas ações e indicou que 99% de todo esse volume foi removido proativamente pela rede, ou seja, sem a necessidade de denúncia de outros usuários.
O maior número de remoções aconteceu no segundo trimestre de 2018, com 9,4 milhões de conteúdos apagados. O primeiro trimestre foi mais tranquilo, com 1,9 milhão, um pouco menos do que os 3 milhões de itens relacionados a terrorismo apagados durante o terceiro trimestre do ano.
O Facebook avalia tanto conteúdos novos quando materiais antigos postados na rede social — estes representaram um maior volume de remoções no segundo trimestre (terceira linha de dados na tabela abaixo).
Facebook removeu mais de 14 milhões de conteúdos identificados como terroristas apenas até setembro de 2018. (Fonte: Facebook)
No primeiro e no terceiro trimestre, um novo “conteúdo terrorista” permanecia em média menos de um e de dois minutos no ar. Já no segundo trimestre de 2018, novos conteúdos ficaram em média 14 horas online no Facebook antes de serem retirados do ar.
Armas digitais contra o terrorismo
Um dos métodos usados pelo Facebook se baseia em aprendizado de máquina e automatiza a detecção de conteúdo potencialmente terrorista. O nível de suporte ao terrorismo de uma postagem é avaliado com uma nota e, caso ela seja alta, o conteúdo é retirado do ar imediatamente. Há, ainda, apoio de revisores humanos para refinar essa “caçada virtual”.
Os algoritmos também têm o seu papel no combate ao terrorismo. Na rede social, recursos chamados de “compreensão de linguagem” identificam violações em postagens de texto em 19 idiomas diferentes. A rede social conta com o apoio de um sistema que converte vídeos e imagens em sequências de dígitos, criando uma “impressão digital” de cada item para identifica-lo sempre que ele for postados novamente e agilizar a sua remoção.
Essa ação dos algoritmos se dá por meio de parceria com outras gigantes da internet por meio do Fórum Global de Internet de Combate ao Terrorismo (GIFCT), organização que conta com nomes como Microsoft, Twitter e YouTube. A ideia é que a técnica seja utilizada por todos eles a fim de ampliar e fortalecer as medidas contraterroristas na internet.
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