A ACLU, American Civil Liberties Union (União Americana pelas Liberdades Civis, em português), está acusando o Facebook de segmentar, baseando-se por gênero, vagas de empregos anunciadas na plataforma. A ONG registrou as acusações em nome de três mulheres, da Communications Workers of America e das mulheres que a CWA representa.
O que acontece é que, ao anunciar uma vaga de emprego, o empregador pode definir se a vaga será destinada a homens ou mulheres. A CWA afirma que 10 empresas têm usado a função para destinar vagas somente a pessoas do sexo masculino.
Na denúncia, a ACLU ressaltou fatos históricos envolvendo a segregação de empregos por sexo, nos quais as mulheres deixam de ter acesso às oportunidades com boa renumeração, e julga que esse tipo de prática não pode voltar a se repetir. Segundo a organização, ao criar um anúncio de emprego no Facebook, a plataforma possibilita que a vaga seja direcionada para homens, mulheres ou todos, citando que esse tipo de segmentação é “ilegal sob as leis federais, estaduais e locais de direitos civis, incluindo o Título VII da Lei de Direitos Civis de 1964”.
Em abril passado, o Facebook já havia desabilitado uma série de opções de filtros que segmentavam anúncios de habitação. Em agosto, depois de nova denúncia, mais de 5 mil outras opções foram retiradas. De qualquer forma, a ACLU insiste que o Facebook ainda desfavorece o sexo feminino.
O Facebook se defende dizendo que a função existe para que as empresas possam otimizar a visualização das vagas pelas pessoas que realmente se interessam por elas, em áreas que são naturalmente dominadas por homens, como empresas de mudanças, varejo e construção. Entre os empregadores citados na denúncia estão a desenvolvedora de software Abas USA e o Departamento de Polícia de Greensboro, na Carolina do Norte.
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