Desde o caso Cambridge Analytica e as manipulações nas eleições estadunidenses de 2016, os governos têm estado mais alertas sobre os filtros aplicados pelos algoritmos nas redes sociais. Até que ponto a escolha de determinados dados pode favorecer certos grupos e como as companhias estabelecem seus padrões? São questões como essas que Mark Zuckerberg teve que explicar no começo do ano e agora é a vez de Jack Dorsey, CEO do Twitter, falar também a respeito desses temas.
"Deixe-me ser claro sobre um fato importante e primordial: o Twitter não usa a ideologia política para tomar qualquer decisão, seja relacionada à classificação de conteúdo em nosso serviço ou como fazemos cumprir nossas regras", disse Dorsey. Essas palavras ecoam com as acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o microblog de discriminar seus tweets, assim como o de outros políticos conservadores.
Dorsey preparou vários esclarecimentos para assuntos que vêm rondando o microblog ultimamente, como a ausência de sugestões de perfis de Democratas e Republicanos — o que foi solucionado em 24 horas — e a remoção de contas que apresentam teor tóxico em suas mensagens. A conversa acontece nesta quarta-feira (05), no Comitê da Câmara sobre Energia e Comércio, e depois no Comitê da Câmara sobre Energia e Comércio.
"O objetivo do Twitter é servir ao diálogo público e não fazemos julgamentos de valor sobre crenças pessoais. Estamos focados em tornar a nossa plataforma — e a tecnologia em que ela se baseia — melhor e mais inteligente ao longo do tempo, compartilhando nosso trabalho e o progresso com esse comitê e o povo americano. Acreditamos que maior transparência é fundamental para promover uma conversa pública saudável no Twitter e ganhar confiança.”
Depois do encontro no Congresso, acompanhamos as reações e resoluções da conversa entre Dorsey e o governo estadunidense.
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