Parece que a situação realmente não está boa para o lado de Mark Zuckerberg desde o escândalo da Cambridge Analytica. Além das ações judiciais de classe que envolvem os executivos do Facebook, agora um grupo de acionistas que controlam quase US$ 3 bilhões em ações estão fazendo movimentos para derrubar Zuckerberg como presidente e desfazer a estrutura de governança da companhia.
Segundo informações, seis acionistas proeminentes alegam preocupação com a forma como o Facebook é gerenciado, a qual dá a Zuckerberg capacidade de eliminar qualquer proposta da qual ele discorde. Apesar de o Facebook informar que utiliza uma estrutura de governança sólida e eficaz, o fato de Zuckerberg ser presidente e CEO causaria incerteza, confusão e ineficiência.
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Tais investidores acreditam que parte da crise referente à Cambridge Analytica se deve à forma como a empresa é administrada; e, segundo eles, os problemas não foram tratados adequadamente porque a estrutura de governança corporativa do Facebook significa que Zuckerberg é basicamente intocável como CEO e presidente. Entre as reivindicações dos acionistas, estão:
- Pedido de renúncia de Zuckerberg do cargo de presidente e contratação de um executivo independente para ocupar seu lugar.
- Abolição da estrutura acionária de duas classes do Facebook, porque acreditam que ela concentra poder demais nas mãos de Zuckerberg e de sua equipe de ponta.
Além disso, alguns acionistas solicitam que o comitê de auditoria do Facebook ganhe mais — mas isso teve mais força neste mês, quando a empresa reforçou as responsabilidades do comitê para abranger impacto social, privacidade e segurança cibernética.
Apesar de todo o burburinho, o Facebook se recusou a comentar sobre a polêmica envolvendo os acionistas.
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