O Facebook publicou no mês passado uma revisão de todas as suas “regras da comunidade”, deixando mais claras as sanções para contas e grupos envolvidos em questões polêmicas, como em posts com nudez, violência, discurso de ódio e fake news. Agora, a companhia publica os primeiros resultados de suas ações após as mudanças, a partir de uma varredura feita entre janeiro e março deste ano.
Foram encontrados 2,5 milhões de conteúdo de peças de ódio e mais 1,9 milhão referentes a terrorismo
Spam e contas falsas foram os problemas mais recorrentes no período, com remoção de 837 milhões de peças do primeiro e 583 milhões do segundo. Outras 21 milhões de amostras foram banidas por conter nudez ou atividade sexual, enquanto outras 3,5 milhões foram deletadas por conta de conteúdo violento. Também foram detectados 2,5 milhões de exemplos contendo discursos de ódio e mais 1,9 milhão de terrorismo.
A empresa fez questão de comparar esse levantamento com os dados obtidos entre outubro e dezembro. O número de elementos que motivaram uma ação mais enérgica da rede social quase dobrou, como é possível ver no gráfico abaixo. “Esse aumento acontece devido a melhorias em nossa capacidade de encontrar conteúdo violador, usando tecnologia de detecção de foto, que encontra tanto o que já foi postado quanto o que é novo”, explica a página.
Ao que parece, a iniciativa tem surtido o mínimo de efeito e parece agradar investidores e usuários. Contudo, ainda falta saber mais a respeito das avaliações imprecisas ou que equivocadas, além do número de apelações que restauram perfis banidos. Analistas também querem que o Facebook seja mais detalhado ao excluir a conta de alguém.
Enquanto isso, o vice-presidente de gerenciamento de produtos, Guy Rosen, comentou as primeiras conclusões. “Acreditamos que o aumento da transparência tende a levar a uma maior prestação de contas e responsabilidade ao longo do tempo. Publicar essa informação nos levará a melhorar mais rapidamente também. Esses são os mesmos dados que usamos para medir nosso progresso internamente — e agora você pode ver para julgar nosso progresso. Aguardamos ansiosamente o seu feedback."
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