Bots e fake news têm dominado as atenções no debate sobre as plataformas sociais e a circulação dos discursos na internet, mas estão longe de serem os únicos temas que demandam esforços das equipes de gestão de crise de empresas como Facebook e Twitter. O terrorismo, acredite, segue sendo uma das pautas para as quais elas têm de pensar soluções e respostas eficazes todos os dias.
Prova disso são os números divulgados no último Transparency Report do Twitter, relatório bianual com um resumo das iniciativas da empresa diante de problemas e denúncias feitas por usuários e órgãos governamentais: só entre 2015 e 2017, a rede social suspendeu 1,2 milhão de contas apontadas como disseminadoras de conteúdo ligado a terrorismo – um dado surpreendente.
Só no segundo semestre de 2017, o número de perfis cancelados por vinculação a conteúdo potencialmente terrorista no Twitter chegou a 274.460 casos. Em 93% deles, ferramentas próprias da rede, automatizadas com o auxílio de algoritmos, foram responsáveis pelas suspensões. Destas, 74% foram tão eficazes que os perfis sequer chegaram a postar o primeiro tweet.
Contra o terrorismo, algoritmos e tecnologia
Além de atualizar a comunidade de usuários com números, o último Transparency Report revelou alguns detalhes sobre como o Twitter tem conseguido detectar conteúdo sensível e interromper a sua disseminação. Em parte, isso tem sido possível graças a uma parceria com a Lumen, uma base de dados independente que coleta e analisa solicitações de suspensão de conteúdo e que ajuda a determinar soluções com base em decisões judiciais e leis locais.
De acordo com a empresa, a iniciativa demonstra como o Twitter está empenhado em contribuir para a transparência e a civilidade de diálogos saudáveis pelo mundo todo, garantindo a liberdade de expressão de seus usuários e o cumprimento das leis.
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