Em meio ao debate sobre o uso indevido de dados privados do Facebook por campanhas eleitorais, novos detalhes sobre como as informações de usuários da rede social são utilizadas por governos estão surgindo. Nos Estados Unidos, uma reportagem do The Intercept mostrou de que forma a agência de imigração do país utiliza os dados da rede para investigar suspeitos.
Uma troca de e-mails entre agentes da Imigração e Alfândega dos EUA revelou que os funcionários do órgão tiveram acesso ao endereço de IP de um usuário e uma lista com todos os momentos em que ele acessou a conta. Um representante do Facebook respondeu, afirmando que a empresa utiliza um processo rígido para lidar com esses tipos de pedidos do governo americano. A companhia disse ainda que o caso em questão envolvia um homem procurado por abuso de crianças.
Outras formas de coletar informações
Apesar de a agência não falar sobre as técnicas de investigação que utiliza, fontes entrevistadas pela publicação citam que é comum o uso de conteúdo postado no Facebook das pessoas como prova durante o processo de imigração. Coisas como as roupas ou os sinais feitos com as mãos em fotos publicadas na rede social podem ser utilizados pelo governo como evidências de que a pessoa tem ligação com gangues e atividades ilegais.
O Facebook publica um boletim anual mostrando os dados que foram solicitados pelo governo americano. O documento mostra que a empresa atendeu os pedidos em 85% dos casos e que em aproximadamente 57% deles os usuários afetados não poderiam ser notificados de que tiveram suas informações entregues ao governo por causa de um termo de confidencialidade.
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