CEO do Twitter pede ajuda para medir teor das conversas na rede social

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Nos últimos meses, o Twitter tem enfrentado o aumento dos problemas com bots, que infestam a rede propagando notícias falsas (fake news), sendo uma das grandes dificuldades enfrentadas pela plataforma.

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Segundo o New York Times, vendedores de bots fazem muito dinheiro com o site, vendendo retweets ou seguindo perfis específicos e, às vezes, até roubando contas para isso. O jornal estima que existam cerca de 60 milhões de bots ativos. Após essa reportagem, iniciou-se uma desativação de contas em massa, e vários usuários relataram a perda de um grande número de seguidores.

Outro grande problema, mais difícil de se resolver, é o teor das mensagens postadas, pois não é tão simples montar uma estrutura automatizada que vigie as pessoas. Por isso, o CEO da empresa, Jack Dorsey, postou tweets em seu perfil expondo o ponto de vista da empresa e deixando clara a importância de se definir formas claras de medir o quão “saudável” é uma conversa no Twitter. “O que sabemos é que devemos nos comprometer com um conjunto de métricas rigorosas e independentes, para medir a saúde de conversas públicas do Twitter. E devemos nos comprometer a compartilhar os resultados publicamente, beneficiando todos que são influenciados por elas.”

O que a empresa busca é uma forma de analisar os dados e tomar providências em relação a comportamentos e postagens abusivos. Essa posição pode ser traiçoeira, considerando que será preciso avaliar milhões de pessoas e garantir que suas discussões sejam “saudáveis”, sem censurar nenhuma das partes.

Embora, para o Twitter, essa posição de responsabilidade social sobre o conteúdo postado por seus usuários seja importante, tentar resolver com dados e estatística um problema que fundamentalmente é filosófico pode ser bastante problemático.

Pessoas não se dão sempre bem umas com as outras  isso não é um problema, e até certo ponto a conversa pode ser saudável assim mesmo , mas a partir de quando as coisas saem do limite e merecem uma “punição”? O uso de sistemas automatizados é muito raso nessas situações, então é necessário que seres humanos avaliem, mas quais parâmetros devem ser usados por essas pessoas? Jack expôs o problema — e para você, qual é o limite?

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