Se tinha uma rede social que estava bombando em 2013, era a Vine. A plataforma era especializada em compartilhamento de microvídeos diversos (de até 6 segundos), produzidos e publicados por seus usuários. A expectativa ao seu redor era tão grande que antes mesmo de seu lançamento, em 2012, ela foi comprada pelo Twitter.
Porém, seu sucesso não durou muito, tanto que o app acabou sendo descontinuado em 2016. O seu fim pode ser creditado especialmente ao Instagram, que introduziu os vídeos de 15 segundos, em 2013.
Mas Dom Hofmann, um dos cofundadores da Vine, não desistiu da rede social. Afinal, ele está desenvolvendo sua sucessora, que já recebeu o nome de v2. Parte do processo tem sido compartilhado constantemente em sua conta oficial do Twitter. Com amplo foco na construção de uma comunidade, Hofmann procura se conectar com fãs e usuários da plataforma por meio de um fórum, criado exclusivamente para apresentar as últimas novidades sobre o produto.
Embora esteja trabalhando sem muita pressa, ele planeja lançar a v2 em breve, provavelmente durante o verão no Hemisfério Norte. Para isso, tem procurado ex-celebridades da Vine, digital influencers e gestores da indústria. A ideia aqui é que essas pessoas possam ajudá-lo a desenvolver novos produtos e tratar de assuntos relacionados à monetização da rede.
Conforme matéria publicada pelo TechCrunch, já existem algumas definições para o projeto:
- Só poderão ser publicados vídeos com gravações entre 2 e 6 segundos e meio
- Eles deverão ser em formato de tela cheia tanto no sentido vertical quanto no horizontal
- O aplicativo contará com uma equipe, criada especialmente para produzir posts e colaborar com artistas
- Uploads poderão ser realizados diretamente do rolo da câmera de um smartphone
- O app poderá ser disponibilizado tanto para Android quanto para iOS
- Em um tweet do mês passado, Hofmann afirmou não estar interessado em disponibilizar filtros na plataforma
- Haverá suporte para preferências de pronome de gênero
- Usuários poderão excluir comentários nos posts
- Haverá tolerância zero quanto a assédios
Apesar de já ter esses pontos aparentemente definidos, Hofmann ainda não se posicionou quanto à exposição na v2 de conteúdos adultos, como nudez, erotismo e semelhantes.
Além disso, mesmo com tantas publicações referentes à plataforma, seu futuro continua um pouco nebuloso. Não é novidade para ninguém que Mark Zuckerberg e algumas companhias do Vale do Silício têm dominado fortemente as redes sociais e a internet como um todo. E o Snapchat tem sentido esse efeito, que também enterrou o Vine. Portanto, há um longo caminho a ser percorrido.
Entretanto, pode ser que novas portas se abram, desde quando foram anunciadas mudanças no Facebook. Isso deixou anunciantes e pessoas que investem pesado em marketing e publicidade com um pé atrás. Muitos até começaram a se questionar se não seria melhor explorar outras possibilidades no meio digital, já que o alcance deve ser impactado.
É certo que Hofmann tem maior interesse na comunidade de usuários do v2, apostando em exclusividade e em uma fórmula que tornou muita gente comum em webcelebridade. E isso geralmente tem a combinação de produtos e conteúdos culturais. Mesmo assim, saber se a rede social consegue de fato se firmar no mercado é algo que apenas o tempo vai dizer.
Você usaria o v2? Acredita que ainda há espaço para novas redes sociais?
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