A crise das propagandas russas durante a eleição presidencial norte-americana de 2016 ainda está longe de acabar. O Twitter revelou que pode notificar seus usuários que tenham sido expostos a publicações na rede social que tenham ligação com o órgão do governo russo que influenciou na subida de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos.
Foi isso o que informou Carlos Monje, diretor de políticas públicas do Twitter, para o Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado norte-americano. Ainda não há nenhum plano divulgado sobre como essa campanha de notificação será feita pela plataforma.
A medida segue o que o Facebook também fez para esclarecer o projeto de propaganda russo – a rede social de Zuckerberg criou um portal onde os usuários podem descobrir se curtiram ou seguiram páginas criadas pelo órgão russo com o propósito de interferir nas eleições.
Conteúdos sensíveis
Todas as empresas afirmaram utilizar sistemas de inteligência artificial e algoritmos para detectar todo tipo de conteúdo que suas políticas não permitem ser veiculadas nas plataformas
Uma audiência do comitê na quarta-feira (17) recebeu representantes da Alphabet (responsável pela Google e pelo YouTube), do Facebook e do Twitter para tratar, entre outros assuntos, como o controle de membros de grupos extremistas nas plataformas, dos problemas causados pela Rússia durante a eleição presidencial de 2016.
As empresas tiveram que explicar como lidam com uma série de questões relacionadas a conteúdo de todos os tipos, como o recrutamento de membros do Estado Islâmico por meio das plataformas, comércio de armas, contas de spam, a divulgação de notícias falsas e, claro, as propagandas russas.
Todas as empresas afirmaram utilizar sistemas de inteligência artificial e algoritmos para detectar todo tipo de conteúdo que suas políticas não permitem ser veiculadas nas plataformas. Além de equipes numerosas para auxiliar na filtragem desse tipo de postagem.
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