O Facebook vem realizando algumas ações para combater a disseminação das notícias falsas, aqueles artigos caça-cliques que se transformam em um verdadeiro desserviço viral à divulgação dos fatos. Em abril deste ano, a companhia publicou um documento detalhando suas atividades a respeito e sabe-se agora que a rede social evitou citar a Rússia nesse texto.
Presença da Rússia no documento sobre fake-news gerou intenso debate interno na empresa
Só para refrescar a memória, na época o país estava envolvido em ataques aos sistemas eleitorais dos Estados Unidos. Segundo o The Wall Street Journal, a decisão de não mencionar o governo russo gerou intenso debate nos corredores da companhia e um primeiro esboço do relatório chegou a conter comentários sobre o caso.
Entretanto, as frases foram retiradas devido porque na época muito pouco ainda se sabia sobre o ocorrido. “Algumas pessoas no Facebook pressionaram para que menção à Rússia fosse excluída do relatório porque a compreensão da empresa sobre a atividade russa era muito especulativa”, destaca o periódico.
Ofensiva russa
O Facebook afirma ter descoberto posteriormente algumas táticas usadas pelo governo da Rússia para desestabilizar um adversário. Em setembro, a companhia revelou que agentes compraram US$ 100 mil em anúncios políticos para 470 contas suspeitas e provavelmente fraudulentas ligadas a uma firma russa.
O país europeu também é acusado de ter criado centenas de registros falsos na rede de Mark Zuckerberg e no Twitter, com o objetivo de manipular o debate político nos Estados Unidos. Uma dessas contas, a “Blacktivist”, acumulou mais de 360 mil curtidas em palavras de protesto contra a violência policial e encarceramento em massa.
Além disso, há o episódio em que os russos são acusados de hackear o Democratic National Committee e vazar conversas sigilosas entre Hillary Clinton e John Podesta para vários jornalistas.
Fontes
Categorias