O Facebook é uma plataforma global, apesar de não ser a rede social mais popular em países populosos como China e Rússia. De qualquer maneira, essa dinâmica acaba abrindo brechas para que grupos paguem anúncios em um país para serem mostrados em outros países, como o caso de propagandas de cunho político financiadas por uma agência russa e para exibição nos EUA entre 2015 e 2017.
Após decidir entregar os mais de 3 mil anúncios pagos pela organização conhecida apenas como Internet Research Agency, o Facebook anunciou a ampliação de sua equipe humana de revisão de propagandas. A ideia, informou a companhia, é contratar mais 1 mil pessoas que vão revisar os anúncios de forma global.
A empresa de Mark Zuckerberg garante que vai ser mais firme em relação ao conteúdo dos anúncios — especialmente porque as propagandas pagas pelos russos “ampliavam divisões raciais e sociais”, de acordo com o vice-presidente de políticas globais da plataforma Joel Kaplan.
'Revisar anúncios consiste em avaliar não apenas o seu conteúdo, mas também o contexto no qual eles foram criados', alerta executivo do Facebook
Essa legião de novos funcionários especializados em revisar anúncios se juntará ao grupo atualmente já responsável por fazer o mesmo trabalho, que conta ainda com o auxílio de robôs. “Revisar anúncios consiste em avaliar não apenas o seu conteúdo, mas também o contexto no qual eles foram criados e também a audiência visada”, explicou Kaplan.
Entre as cinco medidas anunciadas pelo Facebook hoje (02) estão ainda dar mais transparência aos anúncios, fortalecimento das punições contra anúncios impróprios, ampliação dos requerimentos de autenticidade e ainda o estabelecimento de padrões e práticas melhores para indústria e governos.
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