As acusações de que a Rússia teria influenciado as eleições presidenciais dos EUA em 2016 continuam se multiplicando, mas parece que algumas delas são realmente procedentes. De acordo com um artigo publicado no New York Times, agentes de uma empresa ligada à inteligência russa teriam criado diversos perfis falsos no Facebook e no Twitter para disseminar conteúdo pró-Rússia e boatos difamatórios contra Hillary Clinton, a candidata à presidência que acabou derrotada em 2016 no confuso sistema eleitoral norte-americano que não considera a maioria absoluta dos votos.
O periódico apontou que a filha do homem aparecia em um quarto onde havia uma tomada do padrão brasileiro na parede
O mais curioso desse artigo, entretanto, é que um dos perfis desmascarados pela reportagem do jornal tinha fotos de um brasileiro. O nome dele é Charles David Costacurta, mas não foi o New York Times que descobriu essa informação. O periódico simplesmente apontou que, em uma das fotos, a filha do homem aparecia em um quarto onde havia uma tomada do padrão brasileiro na parede.
Eles também perceberam que havia uma outra imagem do internauta, supostamente nascido e criado nos EUA, em um restaurante brasileiro. Fora isso, não haviam publicações pessoais, só compartilhamentos de um site criado pela inteligência russa.
A reportagem do G1 divulgou as fotos do homem, e o dono delas foi encontrado em Jundiaí, uma cidade no Interior de São Paulo com cerca de 400 mil habitantes. Costacurta reconheceu as imagens depois de ter sido contatado pelo G1. "Eu fiquei assustado e avisei minha namorada para dar uma olhada, porque não entendo muito de redes sociais e internet. Eu fui vítima. Só tenho rede social pela minha filha, familiares e amigos", comentou.
O perfil falso de Charles, que na verdade carregava o nome de Melvin Redick, já foi excluído do Facebook, mas o New York Times tirou uma captura de tela acima e fez uma pequena análise do conteúdo para argumentar que aquele era um perfil falso.
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