Em uma conferência sobre segurança digital em San Francisco, nos EUA, o chefe de segurança do Facebook, Alex Stamos, afirmou que a rede social desativa diariamente mais de 1 milhão de contas por uma série de razões, e isso ainda não é o suficiente. A empresa apaga perfis e páginas que promovem o discurso de ódio e o terrorismo, que tentam aplicar golpes e realizar outras fraudes, entre outros problemas relacionados às políticas de uso da plataforma.
Quando você está lidando com milhões e milhões de interações, não é possível fazer cumprir as regras que você cria sem acabar com alguns falsos-positivos
“Quando você está lidando com milhões e milhões de interações, não é possível fazer cumprir as regras que você cria sem acabar com alguns falsos-positivos”, disse Stamos no palco da conferência. Contudo, o executivo esclareceu que o problema não são as regras em si, mas sim as dificuldades técnicas de aplicá-las na prática em uma rede social que já tem mais de 2 bilhões de usuários.
Por conta dos erros cometidos pelo sistema automatizado do Facebook, a rede social enfrenta críticas tanto de defensores da liberdade de expressão quanto de políticos que têm suas páginas e postagens marcadas como “fake news”. Eva Galperin, diretora de segurança digital na Electronic Frontier Foundation, que estava no mesmo palco com Stamos, acusou o Facebook de não ser honesto no seu processo de exclusão de conteúdo impróprio.
“O trabalho das equipes de censura do Facebook não é transparente. As regras não são aplicadas igualmente para todos os casos e refletem posições tendenciosas”, afirmou Galperin. Stamos defendeu a posição da rede social explicando que é muito difícil tecnicamente fazer a vigilância de tudo o que acontece no Facebook dado o tamanho da plataforma, mas afirmou que a empresa está contratando mais 3 mil pessoas para trabalhar na sua equipe de avaliação humana de conteúdo.
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