Óculos de realidade virtual podem transmitir muitas sensações (além de enjoo), mas um grupo de pesquisadores da universidade de Karolinska, em Estocolmo, demonstrou que os aparelhos também são capazes de ajudar no desenvolvimento de novas terapias médicas.
Nos testes, os estudiosos separaram os participantes em dois grupos. As cobaias podiam ver a imagem transmitira por uma câmera em outra posição do quarto, mas apenas metade das pessoas visualizavam um manequim que visava representar seus corpos.
Para criar uma ilusão mais realista, os pesquisadores tocavam os envolvidos com um pincel e, ao mesmo tempo, o manequim ou a área vazia. A imagem abaixo retrata de maneira mais clara o método usado na experiência.
O nível de estresse dos participantes foi medido em dois testes. No primeiro, foi utilizada a imagem de uma faca. As pessoas que tinha o corpo “invisível” registraram um aumento significativo na frequência cardíaca, demonstrando que, mesmo sem ver seus corpos, eles ainda temiam serem acertadas pelo objeto.
Na segunda avaliação, as cobaias foram colocadas de frente para a imagem de um grupo de pessoas com expressões agressivas. Desta vez, os resultados foram diferentes. Quem acreditava ser invisível perante a multidão enfurecida registrou um nível de estresse muito menor que os demais, que podiam visualizar seu corpo.
Os testes demonstram que pessoas que se sentem invisíveis perante uma multidão experimentam níveis muito mais baixos de ansiedade social. Quem se sente diretamente confrontado, por outro lado, pode ficar muito mais estressado e experimentar tremores e gagueira.
Os pesquisadores acreditam que, no futuro, óculos de realidade virtual podem se transformar em aliados formidáveis na hora de tratar várias fobias e ansiedade social. O método também pode ajudar pacientes amputados que sentem dores em membros que não existem mais.
Fontes
Categorias