Você é um dos azarados que testou um aparelho de realidade virtual como o Oculus Rift e acabou descobrindo que fica enjoado por todo aquele movimento na tela? Pois saiba que um estudo feito pelo Colégio de Tecnologia Purdue pode ter descoberto uma solução incrivelmente eficiente – e inusitada – para curar seu problema: colocar um enorme nariz na tela do aparelho.
Pode parecer algo completamente sem sentido, mas há uma explicação para isso. O fato é que o motion sickness é resultado de um conflito de informações, quando seus olhos não antecipam o movimento de seu corpo. Já no simulator sickness é o contrário: se nossa visão registra o movimento e nosso corpo não, o resultado é um terrível enjoo.
Ao estudarem esse fato, porém, a equipe da universidade descobriu que possuir um ponto de referência fixo ao jogar com esses simuladores normalmente ajudava a reduzir a sensação de tontura. Games de corrida e voo, em que o jogador está dentro de uma cabine ou veículo, por exemplo, normalmente traziam menos incômodos por quem os testava. O problema, é claro, é que nem todo o jogo pode contar com algo assim.
Como um nariz pode fazer tanta falta?
Foi então que um dos estudantes da equipe deu a ideia: se tudo o que precisamos é de um ponto de referência, por que não fazer isso usando um nariz? A proposta, apesar de bizarra, funcionou com perfeição, registrando uma redução de enjoo dos 40 candidatos ao teste em 13, 5%.
Descobrir que essa pode ser a resposta para o problema é uma ótima notícia para os desenvolvedores, visto que adicionar um detalhe como esses pede muito pouco trabalho extra, não pesa no desempenho do hardware.
O mais curioso de tudo, porém, é que a parte do grupo a fazer os testes com o nariz virtual da tela nem mesmo percebeu sua existência, na grande maioria, nem se incomodou por parte de diferenças de gênero ou etnia.
“Vários deles não acreditaram em nós quando nós contamos a eles sobre o nariz”, explicou David Whittinghill, um professor assistente da universidade envolvido no projeto. “Nós tivemos que segurar o headset Oculus à distância para que eles pudessem ver um enorme narigão”, contou. Pois é, parece que nosso cérebro, não sabendo diferenciar o nariz real do virtual, “apaga” a figura de nossa visão como faz com a versão verdadeira.
Mesmo que a solução pareça promissora, no entanto, a equipe ainda afirmou que deve fazer mais uma rodada de testes em breve para comprovar a teoria, comparando os novos resultados com os originais. Agora é esperar para ver se usar um nariz pode ser a grande solução para esses problemas ou se acabou sendo só um caso de pura sorte.
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