Pokémon GO é uma febre mundial e não há como negar isso. O game criado pela Niantic conquistou fãs em todo o planeta, movimentando milhões de dólares e também os jogadores — que precisam sair de casa para chocar ovos, caçar novos monstrinhos e conseguir itens.
Isso tudo se chama “realidade aumentada”, que mescla o mundo real ao ambiente virtual com muita qualidade. Mas até onde essa tecnologia de realidade aumentada pode chegar? O quanto Pokémon GO é influente nisso?
Para responder essas questões, entramos em contato com Todd Richmond — especialista em tecnologias disruptivas e membro do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE). Ele nos deu várias informações bem interessantes sobre o que esperar para o futuro da tecnologia.
A febre Pokémon
Nós perguntamos a Richmond quais eram as justificativas para que Pokémon GO tenha se tornado uma das maiores febres já vistas no mercado Mobile. Para ele, isso pode ser explicado por uma “tempestade perfeita” causada pelo amadurecimento do público. “Há o reconhecimento público suficiente de realidade aumentada e, principalmente, há a marca Pokémon”, diz o especialista.
É claro que a franquia é mais influente que a tecnologia no sucesso do game, mas não é o único fator. Também é preciso lembrar que “o aspecto da Realidade Aumentada torna o jogo ‘cool’, e o fato de que ele tira as pessoas de dentro de casa e as leva para um lugar visível a outros jogadores ajuda a impulsionar o fenômeno”.
Influência para o futuro
Há muitos consumidores que chegaram até a realidade aumentada por meio do Pokémon GO. Isso abre as portas da tecnologia para uma série de ferramentas no futuro. Isso faz Richmond acreditar que tanto a realidade aumentada quanto a virtual pode se tornar parte da vida cotidiana durante a próxima década.
Sistema da Lenovo permite a pré-visualização de ambientes, por exemplo
E isso não vale apenas para games. O especialista fala bastante sobre métodos de fornecimento de informações, treinamentos digitais, educação e formação, além de publicidade com novos mecanismos de interação.
Como qualquer tecnologia, RA/RV podem ser usadas para fins positivos ou negativos - e provavelmente veremos ambos
Novamente citando o especialista: “Mídias imersivas têm potencial para fornecer melhores cuidados de saúde, educação, manufatura e entretenimento. Elas também têm o potencial de criar um ambiente ininterrupto de publicidade, comportamentos de dependência, assédio e tortura. Como qualquer tecnologia, RA/RV podem ser usadas para fins positivos ou negativos - e provavelmente veremos ambos”.
Os investimentos em ambientes virtuais
Nós também perguntamos a Richmond se ele percebe que os profissionais veem algum risco no investimento em realidade aumentada. E ele realmente percebe que há várias barreiras nesse mercado, principalmente pelo fato de que “as experiências do usuário não são tão boas, já que esses meios são novos e nós ainda não entendemos completamente como criar conteúdos atraentes neles”.
O que falta agora é interpretar como criar sistemas e aplicações que os consumidores possam aproveitar com qualidade e conforto
Em resumo: o mercado é amplo e pode suportar muitos conteúdos de altíssimo nível. O que falta agora é interpretar como criar sistemas e aplicações que os consumidores possam aproveitar com qualidade e conforto. Mas o especialista da IEEE deixa claro: “Pense em empresas como a Palm Pilot e outras que eram grandes no início da história, mas agora são uma memória distante. O mesmo vai acontecer com RA e RV - teremos vencedores e perdedores”.
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Qual será o próximo grande vencedor no mercado de realidade aumentada?
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