Por longo tempo os famigerados “cookies” serviram para guardar as suas informações de navegação — tanto para a sua comodidade quanto para a de diversos anunciantes, ávidos por catapultar suas marcas com mira cada vez mais precisa. Entretanto, com a emergência do setor mobile, faz-se necessária uma nova forma de rastrear passos online de consumidores em potencial. E tanto a Apple quanto a Google e a Facebook sabem perfeitamente disso.
Em uma era que abandona aos poucos o rastreio online baseado em navegadores, cada uma das três principais jogadoras atuais desenvolveu uma forma de coletar e, naturalmente, de vender informações sobre o comportamento e os interesses de todos nós na internet.
Confira abaixo a abordagem para rastreio de comportamento online de cada uma das "três grandes".
O Facebook utiliza a propriedade de acesso de controle conhecida como SSO (Single Sign-On). Trata-se, por um lado, do protocolo que lhe permite acessar a sua conta na rede social mesmo em aplicativos e sites de terceiros.
Por outro lado, é esse rastreio “unificado” que permite ao Facebook saber dezenas de detalhes sobre seus 1,3 bilhão de usuários — da cor do cabelo aos hobbies, da marca de roupas preferida à instituição do segundo grau. Trata-se do mecanismo que, em certa medida, compõe os anúncios que aparecem dentro da página.
Assim como o Facebook, o Google também lança mão do SSO. De fato, ao se conectar a uma conta do Google, você imediatamente é ligado a toda a rede da companhia — e, naturalmente, há muita coisa ali.
Além disso, associado ao Android há também o Google Ad ID, identificação que é utilizada por produtos como o AdSense, o AdMob e o DoubleClick. Isso para não falar em toda a informação coletada do YouTube, do Gmail, do Voice e das próprias buscas.
Apple
As técnicas de rastreamento da Maçã se baseiam, sobretudo, em dois pontos. Primeiro, o seu endereço de email mantém você ligado a todos os serviços rodando em quaisquer aparelhos iOS ou OS X. Em segundo, a conta no iTunes dá à Apple dados sobre o seu cartão de crédito, além de mantê-lo próximo a um ecossistema exclusivo.
Isso porque a sua identificação ligada à Apple é associada a uma sequência única de caracteres intitulada IDFA (identificação para anúncios, na sigla em inglês). É isso que permite à companhia saber para onde deve enviar cada anúncio, podendo ainda rastrear tudo o que foi feito em qualquer lugar do seu sistema.
Fontes