Dois anos após causar um furor internacional — resultando em um protesto no qual mais de 200 sites foram retirados do ar temporariamente —, o polêmico projeto CISPA voltou a circular pelo congresso norte-americano. O responsável por desenterrar a iniciativa foi o democrata Dutch Ruppeersberger, que afirma que sua intenção é dar aos cidadãos do país uma resposta em relação aos ataques sofridos pela Sony Pictures.
“A razão pela qual estou propondo a lei agora é porque quero manter o momentum daquilo que está acontecendo ao redor do mundo”, afirmou ele em uma entrevista concedida ao site The Hill. Essa não é a primeira vez que algum político tenta reviver o projeto — após ser parado por ser considerado perigoso à privacidade, ele voltou a ser discutido em setembro de 2013.
Na prática, o CISPA permite que agências de inteligência dos Estados Unidos tenham acesso direto a qualquer dado armazenado por empresas de internet do país — dispensando a necessidade de mandatos ou qualquer espécie de justificativa. Usando termos bastante vagos para descrever o que são ameaças cibernéticas, a proposta sofreu duras críticas pela sua capacidade de acabar de vez com a privacidade do mundo online.
Obama propõe novas medidas contra brechas de segurança
Em uma medida mais condizente com as preocupações de segurança cibernética dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama exigiu a criação de leis que obriguem empresas a in formar brechas de segurança a seus consumidores. Caso o objetivo do político seja alcançado, companhias vão ter um prazo máximo de 30 dias para divulgar possíveis invasões ou divulgações não autorizadas de dados confidenciais.
Se a proposta de Obama se transformar em uma lei, ela também vai tornar crime a venda de dados confidenciais a companhias estrangeiras. Nos termos propostos, será responsabilidade da Comissão de Comércio Federal impor penalidades às companhias que falharem em cumprir a lei.
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