A programação tem figuras femininas importantes, como Ada Lovelace, considerada a primeira programadora da história, e Grace Hopper, que inventou o primeiro compilador de linguagens de programação. Porém, atualmente a disparidade de gêneros na indústria de tecnologia é muito grande, com as mulheres ocupando apenas algo entre 10% e 30% dos cargos.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Pensando nisso, empresas do Vale do Silício estão juntando forças para incentivar mulheres e garotas a aprender programação e a ocupar cargos relacionados à engenharia e às ciências da computação.
Facebook e LinkeIn
Recentemente, o Facebook e o LinkedIn uniram forças para investir em programas para reunir mentores e incentivar mulheres a seguir carreira na área de tecnologia em universidades.
De acordo com dados do próprio Facebook, a empresa tem apenas 15% de funcionárias ligadas a cargos de tecnologia e 31% de mulheres no total. O LinkedIn tem uma situação similar, com 39% de funcionárias no total, mas apenas 17% ligadas às funções de tecnologia.
A Google tem uma iniciativa chamada de Made with Code. O programa é focado em ensinar crianças, principalmente meninas, a aprender programação e mudar a cara da indústria de tecnologia.
Além do site, a empresa também apoia projetos regionais de ONGs que têm como objetivo estimular o interesse de meninas em programação e ciências da computação, como o Girls Who Code, o Black Girls Code, o Girls Inc. e o National Center for Women & Information Technology.
Technovation Challenge
Porém, as gigantes da indústria não são as únicas opções para quem tem interesse em aprender. O Technovation Challenge é um projeto para grupos de até 5 garotas do ensino fundamental e médio, para criar, durante o período de 12 semanas, aplicativos mobile que ajudem a resolver um problema real da própria comunidade.
E, mesmo sem tantos incentivos nas escolas do país, algumas brasileiras estão conseguindo destaque no concurso. Em 2013, uma equipe de estudantes de Santos ficou em terceiro lugar no Technovation Challenge após desenvolver o SolidarieApp, um aplicativo que visa ajudar pessoas a encontrar instituições que precisam de voluntários.
No ano seguinte, uma equipe de meninas de Santarém, no Pará, conseguiu destaque com um aplicativo chamado GreenBaby, destinado a educar pessoas sobre os problemas causados pelo desmatamento e problemas ecológicos locais.
Ensino gratuito
O ensino de programação é tão importante quanto o ensino de um idioma estrangeiro, pois ajuda não apenas a permitir escrever os próprios códigos e ingressar em carreiras de tecnologia, mas também a melhorar o raciocínio lógico.
O foco de alguns programas tem sido garotas, principalmente para desmistificar algumas ideias sobre a área e diminuir a disparidade de gêneros na indústria. Porém, se você tiver interesse em aprender, existem programas voltados para todos os gêneros e idades, permitindo inclusive o ensino a distância.
Ensino de programação online
Ensino de programação voltado para garotas
Categorias