A Apple tem um catálogo bastante variado de eletrônicos em seus canais oficiais de venda. Citando apenas alguns dos principais aparelhos da marca hoje, ela comercializa diferentes gerações de celulares, tablets, relógios, computadores e fones de ouvido.
Além deles, a companhia também vende acessórios relacionados a esses dispositivos. São cabos, conectores, capas, reposições de certas peças e vários outros produtos que ampliam a experiência do consumidor. Nesse caso, porém, o público normalmente se espanta com um detalhe: o preço de produtos aparentemente simples e de funções bem objetivas, mas que podem sair caro.
A seguir, o TecMundo reuniu alguns dos produtos da Apple para além dos aparelhos principais que assustam pelo preço. Não levamos em conta o fator qualidade ou a utilidade desses acessórios, mas o valor cobrado em comparação com outras marcas e até ao próprio catálogo da marca.
1. Pano de Polimento — US$ 19 ou R$ 219
Talvez um dos itens mais lembrados pelo público, o "pano de polimento" é uma flanela para limpeza de telas. Segundo a companhia, ele é feito "com material macio e não abrasivo" e "pode ser usado com segurança e eficiência em qualquer tela Apple".

Lançado em 2021 e vendido até hoje sob o mesmo preço, o pano virou piada e até recebeu um review sarcástico de um canal especializado em destrinchar eletrônicos. Na época, o youtuber descobriu que o material é uma espécie de microfibra que imita couro sintético com uma construção mais complexa, porém que pouco contribui para a tarefa propriamente dita.
2. Película para iPhone 12 Pro Max — R$ 229
Nem mesmo aparelhos que já estão no fim do ciclo de atualizações do iOS aliviam o bolso do consumidor em acessórios oficiais. A parceira Belkin, por exemplo, vende no Brasil uma película antirreflexo para o iPhone 12 Pro Max (que foi lançado em 2020) por um preço alto.

Com um design ultrafino, o produto "reduz reflexos de luzes artificiais e do sol", além de evitar danos em geral ao display enquanto "preserva toda a funcionalidade da tela Multi-Touch". Ele ainda tem um sistema de aplicação simplificado, para qualquer pessoa fazer o procedimento em casa. Películas de outras companhias, entretanto, tendem a fazer promessas parecidas a um valor bem reduzido.
3. Cabo USB-C para 3,5 mm (1,2m) — US$ 39 ou R$ 449

O acessório mais recente da Apple é o cabo USB-C para entradas tradicionais de 3,5mm, usadas em aparelhos de som em geral e cada vez mais raras em smartphones. Ele é voltado principalmente para os modelos AirPods Max e Beats Studio Pro, que são os mais poderosos de suas respectivas marcas.
A empresa promete uma "latência ultrabaixa" na transmissão, além de ser essencial para um novo recurso dos AirPods Max USB-C: a transmissão de áudio de alta fidelidade via cabo, que ainda estava disponível nessa geração.
4. Chaveiro de tecido FineWoven para AirTag — US$ 35 ou R$ 426
A etiqueta inteligente AirTag é um dispositivo de rastreamento que pode ser tão útil quanto perigoso, mas já conquistou o mercado e em breve deve ter uma segunda geração. Além dela, o consumidor também pode optar por comprar um acessório disponível em cinco cores que facilita o ato de acoplá-lo em mochilas ou um molho de chaves.

O problema? O Chaveiro de tecido FineWoven para AirTag custa até mais do que a própria etiqueta inteligente, que não está inclusa neste caso e hoje em dia sai por R$ 369 no site oficial. Esse modelo tem aço inoxidável no elo, além de ser feita "de 68% de conteúdo reciclado pós-consumo". O padrão FineWoven parece a camurça e foi usado também em capas para iPhone e pulseiras do Apple Watch, mas o tecido não agradou o público.
5. Capa de silicone para iPhone 16e — US$ 39 ou R$ 449
Nem mesmo o atual modelo mais barato da empresa escapou de ter um acessório caro. A capa oficial de silicone da Apple para o iPhone 16e — que costuma ser um item barato, em especial nos modelos genéricos — custa 10% o valor do próprio dispositivo.

A capa pode ser adquirida em cinco cores (verde-lago, fúcsia, azul-inverno, branca e preta) e é feita com 55% de silicone reciclado. De acordo com a empresa, ela "protege seu iPhone contra quedas e arranhões" e tem uma camada de microfibra interna que ajuda a evitar riscos no aparelho.
6. Cabo Thunderbolt 4 Pro (USB-C) de 3 metros — US$ 159 ou R$ 1.849
Um cabo como o Thunderbolt 4 Pro (USB-C) é essencial para a transmissão de dados via imagem, como na conexão com um monitor compatível ou até entre um iPhone novo um Mac. Entretanto, é possível achar modelos competentes de outras fabricantes com a mesma entrada por preços bem mais acessíveis.

No caso do acessório da Apple, o cabo tem "design trançado para prevenir nós" e promete transferência de dados a até 40 Gb/s (ou até 10 Gb/s no padrão USB 3.2), além de recarga com até 100W de potência. A versão de 1,8 metro do mesmo cabo custa R$ 400 a menos.
7. Pulseira de elos para Apple Watch — US$ 349 ou R$ 4.099
Entre a alta variedade de pulseiras para o Apple Watch, o modelo feito de elos é talvez a modalidade mais premium disponível no site. Na variante para um aparelho com o corpo de 46 mm, ele sai pelo preço de um smartphone top de linha da atualidade.

Disponível nas cores Natural (cinza), Dourado e Ardósia (preto), ela é feita de liga de aço inoxidável 316L e com elos de mais de 100 partes. O acessório tem um fecho borboleta exclusivo, além de uma abertura para adicionar ou tirar elos sem precisar de uma ferramenta especial.
8. Rodinhas do Mac Pro — US$ 699 ou R$ 6.999
O Mac Pro é um dos produtos mais poderosos (e caros) da Apple, com um acabamento refinado e componentes de primeira linha. Até por isso, não é de se estranhar que acessórios para ele custem tanto — mas é surpreendente o valor cobrado por itens tão básicos quanto rodas para movimentação.

O Kit de rodízios para Mac Pro da Apple é feito de aço inoxidável e borracha, feitos sob medida para movimentar o aparelho por um cômodo. As rodas precisam de instalação, apenas com os soquetes inclusos na caixa, e deixam o dispositivo 2,5 cm mais alto.
Por que os acessórios da Apple são tão caros?
A Apple não detalha os motivos que levam a empresa a cobrar esses preços pelos acessórios e nem o que faz os valores subirem tanto no caso do Brasil, mas é possível especular a partir de algumas hipóteses.
Apesar de ser possível achar modelos similares ou de marcas genéricas em lojas físicas e digitais, alguns dos produtos são de funcionamento exclusivo (como os da antiga entrada Lightning) ou então otimizados. Isso significa que modelos genéricos até podem funcionar, mas sem todas as funções ou com velocidade reduzida de transferência de dados.
Além disso, a companhia mantém a construção premium nesses itens, assim como os próprios dispositivos. O uso de componentes mais caros e uma construção interna detalhada aumenta o preço desses produtos naturalmente.
Outro ponto importante é a precificação da Maçã no Brasil, que tem uma das Apple Stores mais caras do mundo há anos. Para além da conversão do dólar, ela envolve impostos e outros detalhes não especificados pela marca, mas que passam longe da conversão direta de moeda. Isso também faz parte da própria estratégia comercial da companhia, que transforma itens como o iPhone em um objeto de desejo e status social.
O que você acha da política de preços da Apple no Brasil, seja para eletrônicos ou acessórios? Deixe a sua opinião em nossas redes sociais!