O Google anunciou ontem (09) o Willow, chip quântico de última geração que promete revolucionar o segmento, apresentando desempenho superior ao processador Sycamore, lançado em 2019. O novo componente também é capaz de superar os supercomputadores mais rápidos da atualidade com folga.
Desenvolvido pelo laboratório de computação quântica da companhia, o Willow superou o Frontier, supercomputador mais rápido do mundo, em um teste de referência. A novidade gastou menos de cinco minutos para resolver uma equação matemática que o dispositivo concorrente levaria 10 septilhões de anos para solucionar, muito mais do que a idade do universo.
Ainda de acordo com a gigante de Mountain View, o chip também se destaca pela alta capacidade de reduzir erros à medida que mais bits quânticos (qubits) são adicionados ao sistema. Dessa forma, os pesquisadores solucionaram um desafio fundamental que existia há quase 30 anos.
“Como o primeiro sistema abaixo do limite, este é o protótipo mais convincente para um qubit lógico escalável construído até o momento. É um sinal forte de que computadores quânticos úteis e muito grandes podem de fato ser construídos. Willow nos aproxima da execução de algoritmos práticos e comercialmente relevantes”, observou o fundador do Google Quantum AI, Hartmut Neven.
Próximos desafios
Apesar de todo o avanço promovido pelo chip Willow, tratado pelo líder do projeto como o “melhor processador quântico construído até hoje”, a computação quântica ainda não tem aplicações conhecidas no mundo real, como ressalta o próprio especialista. E é isso que a big tech pretende mudar de agora em diante.
Conforme Neven, o próximo passo é fazer com que os computadores quânticos resolvam problemas que têm efeitos tangíveis no cotidiano. “Estamos otimistas de que a geração de chips Willow pode nos ajudar a atingir esse objetivo”, declarou o especialista.
- Saiba mais: Como funciona um computador quântico?
Futuramente, ele acredita que supercomputadores alimentados pelo componente poderão ser usados em tarefas como coletas de dados de treinamento de IA, inacessíveis para os PCs clássicos, e na otimização de determinadas arquiteturas de aprendizagem.
A descoberta de novos medicamentos, o desenvolvimento de baterias para carros elétricos mais eficientes e a aceleração do progresso em novas formas de energia alternativa são algumas das outras possíveis aplicações para a computação quântica, como explica o executivo.
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