A Apple é conhecida por inovar constantemente no mercado de tecnologia, criando produtos icônicos como o iPhone e o iPod. Mas, de acordo com um recente artigo do The New York Times, alguns funcionários estão céticos em relação ao próximo lançamento da empresa: o headset de realidade mista Reality Pro.
A empresa espera que os óculos sejam um marco na área de realidade virtual e aumentada, mas a equipe de desenvolvimento enfrentou dificuldades, o que levou alguns colaboradores a deixarem o projeto. Outros foram demitidos por não avançarem em algumas áreas, como o uso do assistente de voz Siri.
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O desenvolvimento do headset de realidade mista enfrentou uma série de baixas de executivos na equipe de design do produto, começando por Jony Ive em 2019 e seguido pela saída de seu sucessor, Evans Hankey, no ano passado.
Desde então, um novo de chefe de design industrial não foi nomeado e o engenheiro Mike Rockwell ficou encarregado pelo desenvolvimento do produto.
Principais questionamentos
Mesmo com dúvidas de funcionários, a empresa manteve o lançamento do Reality Pro para a Apple Worldwide Developers Conference.
Fonte: Antonio de Rosa/Reprodução
Apesar do lançamento previsto para junho, os colaboradores se questionam se o dispositivo faz sentido para a Apple e têm dúvidas sobre a utilidade do produto, além de preocupações com o preço previsto de US$ 3.000 e o mercado para este tipo de aparelho.
Por exemplo, a Meta investiu bilhões de dólares em sua divisão de realidade virtual, mas vendeu apenas cerca de 20 milhões de unidades de seu dispositivo premium, o Quest Pro, desde 2020, apesar de ter cortado o preço de US$ 1.500 para US$ 1.000.
Segundo estimativa do Counterpoint Research, a Apple deve vender menos de 500 mil unidades em um ano, enquanto a venda do Apple Watch, por exemplo, foi estimada em 40 milhões de unidades após o lançamento.
Fontes