Uma carência de pessoal sem precedentes atingiu o setor da hospitalidade nos EUA após a pandemia. Embora os viajantes tenham voltado normalmente depois do fim das restrições, os funcionários não. De acordo com o Departamento de Trabalho do país, existem atualmente 350 mil pessoas a menos trabalhando em hotéis do que em fevereiro de 2020, antes do início da covid-19.
De acordo com a emissora NPR, que acompanhou o dia a dia de alguns hotéis afetados pela crise de pessoal, uma das soluções adotadas foi o Whiz, um robô aspirador de meio metro de altura e 30 quilos, fabricado pela RobotLAB. Poderoso, o funcionário cibernético “não se importa” de trabalhar até tarde da noite e nos feriados, e sem folgas.
"Só precisa de cuidados. Temos que trocar os sacos a vácuo periodicamente e manter as baterias carregadas", explica à emissora Merle Ayers, diretor de banquetes do Garden City Hotel em Long Island, EUA. Ele se diz extremamente grato pelo investimento de US$ 30 mil (R$ 155 mil) em cada um dos robôs.
Por que os funcionários de hotéis não voltaram após a pandemia?
Entrevistado pela NPR, o diretor-gerente do Garden City Hotel, Grady Colin, diz que a carência de funcionários no setor de hotelaria não é por falta de tentativas. Segundo ele, os hotéis aumentaram os salários por hora em 25% desde o início de 2020, e até agora os trabalhadores não voltaram.
Para Colin, após a pandemia, os trabalhadores passaram a exigir mais liberdade. Eles não querem ficar “amarrados” a um emprego, mas poderem ficar mais próximos de suas famílias. Por isso, alguns hotéis, como o Country Inn and Suites, em Baltimore, estão permitindo que seus funcionários levem os filhos para o trabalho. Além disso, o hotel só limpa os quartos a cada quatro dias.
Para o economista-chefe do site de empregos Glassdoor, Daniel Zhao, muitas pessoas "simplesmente mudaram para outros empregos que são melhores para elas".
Fontes
Categorias