O preço da internet no Brasil é sete vezes mais alto do que nos EUA, diz uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (22). Elaborada pela empresa de cibersegurança holandesa Surfshark, a Digital Quality of Life 2022 avaliou a qualidade do bem-estar digital em 117 países, o equivalente a 92% da população mundial.
O estudo levou em conta cinco aspectos – que chamou de “pilares” – que impactam diretamente a qualidade de vida digital geral de uma determinada população: o custo da internet, sua qualidade, infraestrutura eletrônica, segurança e uso pelo governo.
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Para avaliar o impacto do custo, por exemplo, os pesquisadores avaliaram que um trabalhador brasileiro que ganha um salário mínimo precisa trabalhar por 399 minutos (o equivalente a 6h40) para contratar um plano de internet banda larga mais barato. Isso representa sete vezes mais que os EUA, onde bastam 57 minutos para ter acesso a uma conexão rápida e estável.
Como o Brasil se saiu nos demais pilares da pesquisa?
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
No custo de banda larga, como se viu, o Brasil ocupa a metade inferior do ranking, ficando na 81ª posição, sendo que o primeiro colocado na categoria é a Armênia, com 18 minutos na relação salário mínimo x custo do plano. Já no quesito internet móvel, subimos dez posições e ficamos em 71º lugar, um posto ainda pouco honroso no mundo.
Nas demais categorias, o Brasil, está melhor colocado em qualidade de conexão (33º) e em utilização pelo governo (30º). A pior colocação foi na segurança eletrônica (78º), onde ficou abaixo até do custo da internet (71º). Finalmente, na infraestrutura, o país está em 62º lugar.
No índice geral, o Brasil ficou na 53ª posição no mundo, com ganho de três posições em relação ao mesmo ranking no ano passado. Na América do Sul, terminamos em 4º lugar, atrás do Chie (que tem a melhor qualidade de internet do mundo), do Uruguai e da Argentina.
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