A fabricante de drones DJI anunciou na terça-feira (26) que irá suspender temporariamente a venda de seus produtos na Rússia e na Ucrânia "em vista das hostilidades atuais". Segundo a agência Reuters, a DJI é a primeira grande empresa chinesa a interromper os negócios na Rússia desde o início da guerra.
Na quinta-feira passada (21), a empresa já havia emitido um comunicado no qual condenava o uso de seus drones para usos militares. "Nossos produtos são feitos para melhorar a vida das pessoas e beneficiar o mundo, e deploramos absolutamente qualquer uso de nossos produtos para causar danos", comentou a DJI.
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Em outro comunicado, a DJI declarou que o uso militar dos produtos poderia causar perda do contratoFonte: Reprodução: Spencer Davis/Unsplash
Ainda no comunicado, a fabricante declarou que todos os envolvidos nos negócios concordaram em "não vender produtos DJI para clientes que claramente planejam usá-los para fins militares ou ajudar a modificar nossos produtos para uso militar", sob pena de encerramento do contrato.
A decisão veio um mês após o vice primeiro-ministro da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, solicitar que a DJI parasse de fornecer drones à Rússia. O político afirmou que em 21 dias de guerra, as tropas russas haviam matado 100 crianças ucranianas e estavam utilizando produtos da empresa chinesa.
In 21 days of the war, russian troops has already killed 100 Ukrainian children. they are using DJI products in order to navigate their missile. @DJIGlobal are you sure you want to be a partner in these murders? Block your products that are helping russia to kill the Ukrainians! pic.twitter.com/4HJcTXFxoY
— Mykhailo Fedorov (@FedorovMykhailo) March 16, 2022