Na quinta-feira (27), a revista PC Gamer enviou uma cartinha bem-humorada para o CEO da Intel, Pat Gelsinger, na qual o redator Dave James se diz um “panda triste” (pessoa desapontada, segundo a série animada South Park) por passar os anos de 2020 e 2021 “sem que uma placa de vídeo genuinamente discreta da Intel chegasse ao mercado”, como a empresa havia prometido. No sábado (29), a equipe azul respondeu.
Segundo o arquiteto-chefe e vice-presidente sênior da Intel Graphics, Raja M. Koduni, a gigante de Santa Clara está ciente do problema, e se preparando para liberar “milhões de GPUs Arc” a cada ano. As palavras devem ter dado um alento ao redator da carta e também à comunidade de milhões de PC gamers espalhada pelo mundo. Mas o melhor veio no domingo (30), quando o próprio Gelsinger tuitou: "estamos trabalhando nisso".
Embora haja alguns relatos de atrasos no cronograma da Intel, o tweet de Koduri foi animador, pois garante que a Intel tem uma estratégia de negócio bem desenvolvida para se transformar em um player significativo no mercado de GPUs discretas, abrindo uma terceira via para os jogadores até agora divididos entre a Nvidia e ATI/AMD.
Até que ponto as promessas dos executivos da Intel são reais?
I am with you, too @pcgamer. We are on it. https://t.co/i1BRRwrv6S
— Pat Gelsinger (@PGelsinger) January 29, 2022
Após a afirmação otimista de Gelsinger no domingo (30), o site Tom’s Hardware questionou o potencial de a Intel se tornar “a salvadora do mercado de GPUs para PCs”. Segundo a publicação, a empresa californiana usa como fornecedora os mesmos serviços de fundição de suas rivais – a taiwanesa TSMC – para fabricar suas GPUs Arc Alchemist, embora tenha planos para se tornar independente também na fabricação.
Isso significa que, além de usar as atuais linhas de produção de seis nanômetros da TSMC, a Intel também não tem uma estratégia pronta, como um acelerador de mineração de criptografia, que garanta que essas milhões de GPUs Arc prometidas acabem nas mãos de mineradores de criptomoedas, levando seus preços à estratosfera, como ocorre com os atuais equipamentos.
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