Em uma nota aos investidores da Apple divulgada durante uma reunião realizada na quinta-feira (25), o famoso analista Ming-Chi Kuo faz algumas previsões para o futuro da empresa e dos seus desejados produtos. Segundo o 9to5Mac, que teve acesso ao documento, além do lançamento de um headset com realidade aumentada (RA) em 2022, a companhia de Cupertino deverá aposentar os atuais iPhones em dez anos.
A previsão sobre o headset de RA foi importante para lançar luz sobre um assunto pelo qual a Apple vinha demonstrando interesse, mas não havia se manifestado claramente. Havia rumores de que o dispositivo futurista só funcionaria acoplado a um iPhone, pois não teria potência para funcionar de forma autônoma.
A esse respeito, Kuo foi categórico: “Se o fone de ouvido AR for posicionado apenas como um acessório para o Mac ou iPhone, não será propício para o crescimento do produto”. Nesse sentido, a indicação do analista é de que o dispositivo irá funcionar com um ecossistema próprio “e fornecerá a experiência de usuários mais completa e flexível”.
Como os iPhones serão substituídos?
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De acordo com Kuo, a substituição dos iPhones em 10 anos não se trata apenas de substituir um produto por outro, mas sim de reformular o próprio conceito de smartphone, substituindo-o por sistemas de realidade aumentada. Nesse sentido, o lançamento do novo headset, que deverá ocorrer no quarto trimestre de 2022, pode ser um primeiro passo para a transição, já que o dispositivo, com duas telas micro OLED da Sony, é muito mais do que um simples fone.
A discussão sobre o fim dos iPhones tem se tornado inevitável e necessária, a partir de uma nova estratégia da Apple que, aos poucos, vem incluindo em seu portfólio também "Serviços", além de “Hardware” e “Software”. Tim Cook sabe que a dependência das vendas de um produto só — os iPhones hoje representam metade da receita da companhia — representa um grande risco para uma empresa trilionária que pretenda se manter nessa condição.
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