- Design
- Bateria
- Câmeras
- Preço
- Desempenho um pouco inferior comparado a outros aparelhos intermediários
Apesar de haver muitas variantes em mercados diferentes, a Xiaomi vem acertando cada vez mais em seus aparelhos intermediários. O Redmi Note 10 é o mais básico entre os modelos mais recentes da família, mas já tem a responsabilidade de substituir os campeões de venda do ano passado.
Para a alegria dos fãs, a tela LCD deu lugar à tela AMOLED e houve boa evolução nas câmeras e na bateria, a qual promete durar bastante tempo longe das tomadas.
Mas será que ele vale a pena mesmo? Usamos o aparelho durante 2 semanas e vamos compartilhar essa experiência com vocês.
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Design
Começando pelo design, o Redmi Note 10 apresenta algumas mudanças quando comparado a seu antecessor. Com corpo de plástico, está cerca de 10% mais leve do que o Redmi Note 9, e a traseira tem design curvo, deixando a "pegada" mais confortável.
A tela tem bordas finas em todos os lados, mas é um pouco maior na parte de baixo, sendo interrompida por um furo centralizado na câmera frontal. Do lado direito do celular, há os botões de volume e power, que também funciona como sensor biométrico (sendo fácil de alcançar e funcionando muito bem). Na traseira, o conjunto de câmeras ficou retangular e passou para o lado esquerdo do aparelho.
Na parte de cima, há um sensor infravermelho, um microfone e uma saída de som. Na parte de baixo, uma entrada USB-C, mais um microfone, uma entrada para fones de ouvido e a segunda saída de som. E, do lado esquerdo, há uma gaveta para dois chips de operadora e um cartão microSD.
Fonte: Xiaomi
Desempenho
O Redmi Note 10 está equipado com Snapdragon 678 e tem 2 versões: 1 com 4 GB de memória RAM e 64 GB de armazenamento, e outra com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. Em ambos os casos, quem quiser expansão pode usar um cartão microSD sem ter de renunciar a 1 dos 2 chips, já que os 3 espaços são separados na bandeja.
Esse celular é muito ágil nas tarefas do dia a dia. Exemplos de uso são redes sociais, streaming de música e vídeo, bem como a navegação na web. Tem rolagens suaves, abrindo e alternando entre aplicativos com bastante velocidade.
Quando o assunto é jogos, o desempenho é mediano: rodou Call of Duty mobile, Asphalt 9 e Genshin Impact com os gráficos no médio e, mesmo assim, apresentou leves travamentos — o que pode incomodar um pouco se o usuário for mais competitivo. No geral, ele roda bem a maioria dos jogos e não apresenta maiores instabilidades nem superaquecimento.
Fonte: Xiaomi
Interface
O Redmi Note 10 vem de fábrica com o Android 11 e Miui 12, sendo bem fluido e contando com todos os recursos existentes em outros aparelhos da marca (por exemplo, o Game Turbo, que ajuda a aprimorar a experiência na jogatina, e o modo escuro, que auxilia na economia de bateria por conta da tela AMOLED).
Um recurso que sempre utilizamos são os temas. Neles, é possível personalizar toda a interface, desde planos de fundo e tela de bloqueio até os ícones e as fontes do sistema.
Fonte: Xioami
Tela
A tela do Redmi Note 10 ganhou resolução Full HD plus e tecnologia superAMOLED, revelando cores e contrastes impressionantes e aumentando a riqueza dos detalhes. Tudo isso em uma tela de 6,43 polegadas e 60 hertz de taxa de atualização, o que promete transições de imagens fluidas, mas não tanto quanto teria se a taxa de atualização fosse maior (lembrando que existe uma versão 5G desse aparelho, a qual, entre outras diferenças, também tem tela de 90 hertz, mas não é o caso do modelo 4G).
O sensor de luz 360° faz que, independentemente de onde o usuário olhar o celular, a imagem sempre esteja com o brilho certo para ser bem visível. Um destaque interessante é o modo de leitura 3.0, que diminui o índice de luzes azuis para proteger a saúde dos olhos.
Fonte: Xiaomi
Câmeras
O conjunto de câmera faz um trabalho satisfatório em ambientes com boa iluminação. Desse modo, o sensor de 48 MP é igual ao da geração anterior, porém com o processador da Qualcomm em cores que são mais vivas e nítidas; então, é possível gravar vídeos em 4K a 30 FPS ou em Full HD a 60 FPS. Recomendamos filmar em Full HD, já que a estabilização digital não está disponível em gravação 4K.
A câmera ultra-wide ajuda a registrar melhor os cenários sem que os detalhes sejam perdidos, mas a câmera macro é bem básica e o foco é fixo. É bastante difícil acertar a distância correta para que a foto não fique com aparência de estar tremida. Além disso, time-lapse, câmera lenta, vídeo curto e escaneamento de documentos estão presentes nos modos da câmera.
Bateria
A Xiaomi fez um bom trabalho na confecção da bateria. São 5 mil mAh, e o carregador, que já vem na caixa, é de 33 W. Chegamos ao fim de um dia com 20% de bateria, usando moderadamente para assistir a vídeos, usar as redes sociais e jogar um pouco. Destaque para o carregamento, que foi de 1% a 55% em apenas 30 minutos.
Fonte: Xiaomi
Extras
Tem certificação IP 67, que protege contra poeira e mergulhos de até 1 metro de profundidade em água doce durante no máximo 30 minutos. Isso não quer dizer que recomendamos mergulhar o aparelho na água ou lavá-lo na torneira. A proteção está ali para oferecer um pouco mais de segurança, mas não garante 100% de sobrevivência, então é melhor continuar evitando o contato com líquidos.
O alto-falante é mono, podendo causar algumas distorções no som quando está no volume máximo. O sensor de digitais, além de desbloquear o aparelho quando deslizado para baixo, pode ser usado para ver as notificações.
Vale a pena?
No site oficial da Xiaomi no Brasil, essa versão do Redmi Note 10 sem 5G atualmente custa R$ 1,8 mil, que pode ser parcelado e não tem desconto para quem pagar à vista.
Aparelhos da Xiaomi podem ser mais baratos quando importados, mas vale atentar-se aos prazos de entrega, que são maiores, sem contar a taxação da Receita Federal e o fato de que importados não têm a mesma garantia dos que são vendidos oficialmente no Brasil.
O Redmi Note 10 é um bom aparelho intermediário, porém se a busca é por uma taxa de atualização de tela maior e o desejo é continuar na Xiaomi, pode-se optar pelo Poco X3 NFC, que apresenta um desempenho melhor e consegue rodar alguns jogos acima de 60 FPS. Outra alternativa é o Galaxy A52, que tem menor capacidade de bateria — mas o processador e as câmeras são melhores — e custa até R$ 100 mais barato.
O que achou do Redmi Note 10? Deixe sua opinião e suas dúvidas nos comentários abaixo.
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