O pesquisador Shyam Gollakota e seus colegas da universidade de Washington desenvolveram uma câmera Bluetooth para acompanhar o movimento de besouros. Os insetos que habitam Seattle foram equipados com câmeras minúsculas para entender como podem ser úteis no mapeamento de ambientes.
Equipada com uma câmera com resolução de 160 x 120 pixels e alimentada por uma bateria com polímeros de lítio, o sensor é capaz de capturas muito limitadas. Os vídeos produzidos pelos insetos, além de terem baixíssima resolução, tem taxa de quadro que varia entre 1 e 5 quadros por segundo.
A conexão Bluetooth é a responsável pelo envio das imagens para o smartphone pareado e para permitir o deslocamento da câmera para esquerda ou direita. Para Gollakota, usar câmeras em besouros pode trazer uma grande vantagem sobre insetos robôs ao mapear ambientes de difícil acesso, já que poupam a energia gasta na mobilidade.
Câmera equipada nos insetos remete a uma "mochila".Fonte: New Scientists/reprodução
“Essa mobilidade drena muita bateria”, disse em entrevista para o New Scientist. “Então, ao combinar essas duas diferentes coisas — animais vivos com sensores — você está basicamente aproveitando o que há de melhor nos dois mundos”, completou.
Ainda não há forma para controlar o movimento dos besouros, mas Gollakota não quer apostar no mapeamento preciso de um único inseto, mas da cooperação de vários deles em conjunto. Para o pesquisador, “à medida que eles se espalham, você pode coletar informações o suficiente para não dispensar o controle”.
A pesquisa foi publicada na revista científica Science Robotics e pode ser lida após realizar login na plataforma. Todo o texto foi redigido em inglês.
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