A pandemia de covid-19 está colaborando para a oscilação do preço de eletrônicos no mercado nacional, segundo um levantamento realizado pelo Zoom que mostra os itens com as maiores variações entre 1º de fevereiro e 1º de junho. Entre os itens que mais sofreram com esta mudança estão videogames e filmadoras.
Neste levantamento, a equipe de Business Intelligence da empresa acompanhou os preços médios dos eletrônicos em três fases: entre os dias 1º de fevereiro e 12 de março, antes do início da pandemia no Brasil; de 13 de março a 22 de abril, logo após a orientação de isolamento social; e de 23 de abril e 1º de junho, quando as necessidades da população na quarentena começaram a mudar.
Duas altas e uma queda de preço
A equipe, então, comparou os preços de eletrônicos nesses três períodos. Em fevereiro, o preço médio dos videogames era R$ 1.546,12. Em maio, esse valor subiu para R$ 2.040,04 — caracterizando um aumento de 32% entre os períodos pré e pós quarentena.
As filmadoras também tiveram um salto grande: antes da quarentena, o preço médio registrado foi de R$ 1.840,78, valor que subiu para R$ 2.377,76 após o isolamento. Isso demonstra que a pandemia causou um aumento de 29% nos preços destes produtos.
Por outro lado, o levantamento também identificou produtos que ficaram mais baratos, como os smartwatches — que tiveram uma queda de 21,5%, passando de R$ 1.028,07 para R$ 806,71. Confira nas tabelas abaixo o detalhamento da oscilação destes e outros produtos:
A primeira tabela apresenta produtos que ficaram mais caros na pandemia e, a segunda tabela, produtos mais baratosFonte: Zoom/Divulgação
Além da alta do dólar
O CEO do Zoom, Thiago Flores, acredita que a alta do dólar é um dos fatores que colabora para a oscilação dos preços na categoria de eletrônicos. “Mas, mesmo os produtos que contam com produção nacional podem sofrer variação, já que entre seus componentes estão peças importadas", afirma.
O especialista de produto do Zoom das categorias de notebooks e jogos, Murilo Tunholi, analisa que "além da alta do dólar, as barreiras físicas para importação de consoles, como portos e aeroportos com acesso restrito, também contribuem para a alta de preços, uma vez que o Brasil não tem fabricação nacional desses itens".
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