A polícia de Meerut, na Índia, identificou 13.557 smartphones da fabricante chinesa vivo que usam o mesmo IMEI (International Mobile Equipment Identity). O IMEI é um código imutável que serve para identificar dispositivos eletrônicos.
A descoberta foi feita por um policial ao tentar reparar seu celular da marca em setembro do último ano. Ele estava encontrando erros ao consultar o status do reparo no sistema, e depois descobriu que o número de IMEI do seu dispositivo havia sido alterado.
O caso do policial foi arquivado, apesar dos avisos enviados à fabricante vivo. A partir daí, uma célula de segurança cibernética local passou a investigá-lo e descobriu os mais de 13 mil celulares que compartilham o mesmo IMEI na Índia.
Um oficial da célula de cibersegurança da cidade informou que "o número de telefones usando o mesmo IMEI poderia ser muito maior" se "os dados de todos os provedores de serviços fossem coletados" por mais tempo.
Mesmo para usuários comuns, o número de IMEI é de grande importância. Isso porque, entre outros, ele pode ser usado para burlar sistemas, identificar e interceptar pessoas, além de expor a segurança dos dispositivos, de certa forma. Por isso – e por outros motivos – ele é único.
Por exemplo: com o IMEI, é possível identificar um dispositivo específico na rede. Aqui no Brasil, quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a bloquear celulares piratas, foi usado o registro do IMEI para identificá-los. Os modelos com IMEI alterado ou inválido, no caso, são considerados piratas e estão bloqueados para as redes.
Não é a primeira vez
Na Índia, desde 2009, operadoras de telecomunicação podem barrar serviços em celulares com IMEI falso. Em 2012, por outro lado, cerca de 18 mil dispositivos foram detectados usando o mesmo número de identificação. Em 2017, a falsificação de IMEI se tornou crime no país, cuja pena pode atingir até três anos de reclusão.
Como relata o Times of India, cerca de um milhão de celulares roubados foram encontrados no país com o mesmo IMEI em novembro de 2019.
A fabricante vivo ainda não se pronunciou sobre o caso de Meerut, conforme relatam noticiários locais.
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