Na hora de montar ou comprar um computador de mesa novo – os chamados desktops –, os consumidores costumam observar uma série de características. As especificações técnicas geralmente são as mais analisadas. Qual é o tipo e geração do processador, quantidade de memória RAM e armazenamento interno, a existência de uma placa de vídeo dedicada ou não, além de muitos outros detalhes.
Até mesmo aspectos que para alguns podem parecer supérfluos são analisados pelos compradores. Isso inclui o gabinete, o mouse, o teclado, o fone de ouvido e até a cadeira. Todos esses periféricos podem variar bastante e se tornarem muito específicos dependendo do tipo de público que eles visam atender – como os gamers, por exemplo, que possuem até mesmo categorias próprias de produtos.
Entretanto, existe uma categoria de produtos que muitas vezes não recebe a devida atenção. E estamos falando de um componente que pode mudar completamente (para melhor ou para pior) a sua experiência ao usar o computador. Estou falando do monitor.
Neste artigo, o nosso objetivo é explicar tudo o que você precisa saber antes de comprar um monitor para o seu desktop. Se você é do tipo que não sabe qual monitor comprar, ou que pensa em comprar o primeiro monitor barato ou monitor de tela grande que você ver por aí, saiba que você pode estar cometendo um terrível engano e que pode comprometer a sua experiência ao usar o computador.
Afinal, qual o melhor monitor? Qual o melhor monitor para jogos? Qual o melhor monitor para trabalho? E o monitor ultrawide, vale a pena? Essas e outras perguntas serão respondidas nos parágrafos a seguir.
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Qual monitor comprar? Qual o melhor monitor?
Para entender qual o melhor monitor ou qual monitor comprar, precisamos antes entender as diversas especificações técnicas de um monitor. Engana-se quem pensa que o tamanho em polegadas é a única característica a ser observada. Se você pretende comprar um monitor para jogos ou monitor para trabalho, deve observar muitos outros aspectos importantes.
Vamos entender cada um deles?
Tamanho de tela
O tamanho do display de um monitor talvez seja o aspecto mais fácil de explicar. Porém, exatamente por isso talvez seja o que gera mais confusão. Está muito enganado aquele que pensa que “quanto maior, melhor”. Você por acaso já tentou usar uma televisão de 32, 40 ou até mais polegadas como monitor de uso normal? É simplesmente muito desconfortável!
Telas muito grandes exigem que o seu rosto precise ficar mexendo muito para “varrer” todo o conteúdo do monitor. Por isso, não faz muito sentido investir em monitores com tamanho acima de 32 polegadas – a não ser em casos específicos. Por outro lado, também é um erro pensar que um monitor pequeno vai dar conta do recado.
Você já precisou fazer uma edição de vídeo, ou elaborar uma apresentação de PowerPoint ou qualquer outra atividade minimamente complexa em uma tela de 11 polegadas? O desconforto é inversamente proporcional ao tamanho do display! Por isso, investir em uma tela adequada para as suas atividades é a melhor solução.
Se você não sabe nem por onde começar, comece experimentando tamanhos de telas diferentes. Comece por telas de 15,6 polegadas, depois vá para as de 21, 24, 27 e até chegar às de 29, que geralmente representam o limite máximo recomendável para ter certo conforto. Eu, particularmente, fico muito satisfeito com telas de 24 polegadas, tamanho ideal de monitor para jogos e monitor para trabalho.
Portanto, se você não sabe que tamanho escolher, experimente! Só a sua experiência e o seu tipo de uso poderão responder qual é o tamanho ideal para você.
Resolução
A resolução de um monitor determina a proporção de pixels na vertical e na horizontal. Trata-se daquela característica que é batizada com algumas siglas, tais como HD, Full HD ou QHD. Também usamos algumas outras nomenclaturas, como 720p, 1080p, 4K, 8K e assim por diante.
Neste aspecto, é válido dizer que, quanto maior a resolução, melhor tende a ser o monitor. Contudo, uma resolução muito alta pode ser um desperdício (e um gasto excessivo) caso você não precise de tantos pixels na tela.
Digamos que você use o computador para atividades básicas do dia a dia, como navegar na internet, usar aplicativos de mensagem e editores de texto. Neste caso, optar por uma resolução maior do que Full HD (ou até mesmo hm HD) é desnecessária, já que uma resolução tão grande não seria tão bem aproveitada.
Contudo, se você usa o monitor para jogos ou monitor para trabalho, uma resolução maior pode ser muito benéfica. Mais pixels se traduzem em mais realismo para os games e maior fidelidade para as imagens – embora também exijam maior poder de processamento.
Se você não sabe nem por onde começar, tenha em mente que boa parte dos monitores já trazem resolução Full HD. Portanto, essa é uma resolução muito boa para iniciar as suas buscas. Se você realiza atividades específicas e que exijam maior detalhamento de imagem, considere um upgrade para resoluções maiores.
Taxa de atualização
A taxa de atualização informa o número de vezes por segundo que um display atualiza sua imagem, medido em Hz. Como a velocidade de movimento de uma imagem exibida no monitor está conectada à diferença entre quadros, esse quesito define a quantidade de quadros por segundo que são visíveis a quem assiste.
Note que a taxa de atualização não é exatamente a mesma coisa que a taxa de quadros por segundo, característica chamada de FPS nos games. Enquanto a primeira é um atributo de sua TV ou monitor, a segunda está ligada diretamente à informação que é transmitida por sua tela.
Ou seja, não é somente porque você investiu em um display mais potente que os conteúdos, principalmente os jogos, vão ter um desempenho melhor nele — a não ser que a quantidade de quadros produzida por seu hardware já supere aquela com que sua tela antiga era capaz de lidar.
Para resolver esse descompasso, existem algumas tecnologias interessantes dos monitores mais recentes.
G-Sync e FreeSync
FreeSync e G-Sync são as principais tecnologias de sincronização de imagem. Elas otimizam a comunicação entre a placa de vídeo e o monitor para evitar o descompasso na reprodução da imagem que sai do PC e vai para o monitor. G-Sync é uma tecnologia NVIDIA para operar com PCs que tenham placa de vídeo dessa marca, enquanto FreeSync é uma tecnologia AMD.
Brilho e contraste
O brilho nem sempre é considerado um fator importante. Porém, se você quer o melhor produto, deve estar atento a todos os detalhes. Os valores de brilho são definidos em cd/m² (candela por metro quadrado) e como de costume, quanto maior o valor, melhor é o nível de brilho.
Monitores mais simples trazem valores de 200 a 250 cd/m², sendo ideais para trabalho e atividades do cotidiano. Para gamers e pessoas que usam o PC como centro de entretenimento, vale a procura por um modelo com 300 cd/m² (ou até mais). Obviamente, como todo incremento em algum aspecto, modelos com melhor qualidade custam mais caro.
Já o contraste é um aspecto importante para a qualidade das imagens. Essa característica tem muita importância na escolha de um monitor para trabalho, especialmente para aqueles que lidam com a manipulação de imagens. O grande problema é que a taxa de contraste não é uma especificação muito bem definida pelas fabricantes.
Isso significa que, em modelos de marcas diferentes, mas com a mesma taxa de constaste, o resultado pode ser um pouco diferente. Por isso, se você for comparar essa característica, faça isso com monitores para trabalho dentro de uma mesma marca.
Vale lembrar ainda que é muito importante tomar cuidado com o termo “contraste dinâmico” que normalmente apresenta altos valores, os quais não devem ser comparados com a taxa de contraste real. Em geral, a regra é simples: quanto maior o contraste, melhor a distinção de cores e a reprodução geral de imagens.
Tempo de resposta
O tempo de resposta de um monitor indica o intervalo necessário para um pixel ativo (preto) ficar inativo (branco) e voltar a ser ativado novamente (preto). Uma forma simples de entender isso é pensar no intervalo que um obturador de uma câmera leva para se abrir e fechar totalmente.
Vale notar que muitas fabricantes indicam em seus produtos não o tempo que um pixel leva para ser ativado e desativado, mas sim o quanto um display demora para mudar cores em escala de cinza. Como demora menos tempo para isso ocorrer, algumas companhias apostam nesse valor como forma de atrair mais consumidores — o que só é vantajoso para o lado que está lucrando com isso.
Em outras palavras, esse termo define a velocidade com a qual um painel permite que a luz passe por ele. Medido em milissegundos, esse aspecto indica a quantidade de artefatos que um equipamento vai produzir quando você assistir a um vídeo ou jogar um game — quanto menor o valor indicado, melhor.
Conectores
O tipo de conexão de um monitor é outro aspecto importante a ser analisado. Os modelos mais atuais costumam vier com as saídas HDMI, DVI e DisplayPort. Contudo, ainda há modelos que também possuem a saída analógica VGA como opção.
É importante notar que o máximo da alta definição só pode ser obtido através de um monitor com conexão HDMI ou DisplayPort. Contudo, seu PC deve ter uma saída compatível. Para quem vai usar o monitor para jogos ou monitor para trabalho, é importante verificar se essas duas saídas estão disponíveis no modelo pretendido.
Formato
O formato widescreen com certeza é o mais utilizado e, geralmente, atende às necessidades de quase todos os usuários. O padrão mais comum é o 16:9, sendo este o que possibilita a exibição da resolução Full HD (1920x1080 pixels) ou maiores sem distorção do conteúdo. No entanto, há telas com diferentes proporções, o que exige muita atenção na hora da compra.
O formato ultawide, por exemplo, tem ganhado certa popularidade se tornando a escolha de quem consome muito conteúdo ou jogo nos computadores. Esse é o caso das telas recentes com proporção 21:9 (que oferecem resolução de 2560x1080 pixels ou mais). Elas são bem mais largas que o formato convencional, ideal para alguns tipos de aplicações e jogos específicos (sempre é bom verificar a compatibilidade com os seus títulos favoritos).
Afinal, qual monitor comprar?
Agora que já entendemos muito bem como escolher qual o melhor monitor, podemos partir para algumas sugestões. O TecMundo já preparou diversos artigos sobre diversas categorias de monitores.
Se você busca uma análise mais aprofundada em cada um desses segmentos, recomendo fortemente que visite os links abaixo:
Fontes