A Apple finalmente atendeu o pedido dos seus consumidores e trouxe inúmeras funções e capacidades próximas do Desktop para o iPad, pelo iPadOS. Essa mudança de rumo, focada em produtividade, adicionou o suporte a mouses, muito solicitado pela comunidade — embora que ainda de forma rudimentar. Caso a empresa resolva melhorar essa compatibilidade chegou, pode mudar significamente o mercado de games mobile.
Essa conclusão parte de um analista do mercado mobile bastante conhecido, o Cliff Maldonado. Ele acredita que a adição de mais periféricos convencionais no iPad abrem portas para uma experiência de jogo mais próximas do PC — o que exigiria uma postura diferente de desenvolvedores e da Apple.
O impacto já era aguardado pela Apple, que já caracterizava o iPad Pro como um substituto para notebooks. Maldonado afirma que o iPad está se tornando um PC. "É uma virada de jogo [...] Para mim, isso é a Apple executando a visão de "nós queremos o iPad tão bom e tão poderoso quanto um MacBook.".
Apesar dessa expectativa, a atual compatibilidade é viabilizada por uma ferramenta de acessibilidade, bem escondida nas configurações e não habilitada por padrão — tornando-a bastante limitada e não compatível com jogos.
Felizmente, a Apple já reconheceu a recepção positiva na comunidade e isso pode indicar um aprimoramento da ferramenta no futuro. Ademais, o Apple Arcade pode ser o pontapé inicial da fabricante nessa indústria de games mais próxima dos consoles e PCs.
"Há três tipos de estilo de jogo: PC gaming; console gaming e mobile. A Apple poderia ter jogos da qualidade do PC jogados no iPad com o mouse e o poder de seus CPUs, se continuarem por esse caminho.", completa Maldonado.
Uma compatibilidade delicada
Embora represente um ponto positivo, o suporte para mouses no iPad coloca o próprio catálogo de produtos da Apple em risco — mais especificamente, do MacBook.
O atual CEO Tim Cook está ciente de que as vendas de MacBook podem ser diretamente prejudicadas pela compatibilidade de mouses no iPad, mas compara essa situação ao que acontece com os iPhones e os próprios iPads.
“Nós não nos preocupamos com isso, por que desde que impacte somente as próprias vendas, está tudo bem.”, diz o CEO.
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