Pesquisadores chineses criaram uma câmera com resolução de 500 megapixels, capaz de identificar rostos individuais, a partir de fotos claras e nítidas, mesmo em eventos com milhões de pessoas aglomeradas, como em um estádio, por exemplo.
O gigante asiático é líder mundial em tecnologia de reconhecimento fácil, e continua a dar os primeiros passos em soluções que aprimoram cada vez mais sua capacidade de reconhecer pessoas, nas mais diversas situações. Por lá, eles já monitoram estudantes, identificam criminosos e controlam a compra de passagens de trem, entre outras aplicações.
A câmera de 500 MP pode capturar dezenas de milhões de rostos de uma única vez e gerar informações a partir de um rosto em específico, ampliado por meio do zoom. O equipamento, que possui recursos de IA e está conectado a um banco de dados baseado na nuvem, foi desenvolvido pela Universidade Fudan, de Shangai, em conjunto com o Instituto de Ótica, Mecânica e Física de Changchun.
O sistema de reconhecimento facial foi criado para servir à segurança pública e nacional, como ferramenta de vigilância para bases militares, de lançamentos de satélites e fronteiras. O governo chinês diz querer prevenir que pessoas ou objetos suspeitos entrem ou saiam do país.
A tecnologia gera polêmica
Mesmo na China, a tecnologia gera polêmica, com algumas pessoas tentando denunciar abusos por parte do governo, principalmente relacionados à invasão de privacidade.
Há ainda um projeto chamado Sistema de Crédito Social, que o país está planejando implantar dentro de alguns anos. É esperado que esse sistema sirva para “pontuar” os cidadãos e companhias chineses, criando uma espécie de reputação baseada em seu comportamento. Neste sentido, uma câmera com toda essa resolução seria uma grande aliada.
Atualmente, o país já conta com cerca de 200 milhões de câmeras de vigilância com reconhecimento facial. Até 2020, esse número deve crescer 213%, chegando a 626 milhões de dispositivos.
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