Muitos rumores já rolaram sobre os "Apple Glasses" — como poderiam se chamar os possíveis óculos de realidade aumentada da Apple, que há cerca de 10 anos trabalha com registros relacionados a essa tecnologia. Agora, nova patente concedida à gigante da área pelo U.S. Patent and Trademark Office (USPTO) indica como o dispositivo poderia ser utilizado para acessibilidade no auxílio de pessoas com deficiência visual.
Em caso de pessoas com a visão comprometida, a tecnologia intitulada Augmented Reality Device to Warp Images (Dispositivo de Realidade Aumentada para Distorcer Imagens, em tradução livre) possibilita que uma câmera ou um sensor capture imagens no mesmo ângulo de visão dos usuários e as ajuste para torná-las visíveis para eles. Em resumo, a proposta é a seguinte: as áreas que não são vistas são comprimidas para um ou mais lados do campo obstruído, variando de acordo com as informações fornecidas ao sistema.
Exemplo de como, por meio da realidade aumentada, a imagem poderia ser ajustada para auxiliar pessoas com problemas de visão. (Fonte: USPTO/Reprodução)
A tecnologia não seria útil apenas para pessoas com deficiências. Usuários sem problemas de visão também poderiam ser beneficiados, passando a enxergar ainda melhor os elementos. Para o uso do dispositivo, é necessário utilizar tecnologia de rastreamento ocular.
Realidade aumentada na prática
De acordo com o documento do USPTO, a tecnologia que faz uso da realidade aumentada poderia ser utilizada em qualquer dispositivo com câmera, como iPhone ou iPad. A tecnologia, porém, poderia ser aplicada nos Apple Glasses.
(Fonte: USPTO/Reprodução)
O iOS 13, inclusive, já utiliza a realidade aumentada nas chamadas do FaceTime. A terceira versão de teste, liberada no início deste mês, conta com a função "correção de atenção", que ajusta distorção comum no olhar de quem realiza as videoconferências. O objetivo de utilizar a realidade aumentada no FaceTime é ampliar a sensação de conversa real entre os interlocutores.
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