Os veículos autônomos parecem realmente ter um lugar reservado no futuro próximo da sociedade humana e vêm sendo desenvolvidos cada vez em maior quantidade e com tecnologias sempre mais avançadas. Um dos recursos mais importantes para ajudar no sentido de posicionamento de um carro autônomo é o chamado LiDAR (sigla em inglês para Detecção de Luz e Alcance), um sensor que usa feixes de laser para monitoras os arredores de um veículo.
Eu notei que todas as minhas fotos estavam aparecendo com uma mancha. Cobri a câmera com a tampa da lente e as manchas continuam lá
Segundo os desenvolvedores de carros autônomos, o sistema LiDAR é completamente inofensivo para os olhos humanos, não havendo perigo em transitar próximo a um veículo desse tipo e ter a visão danificada pelos feixes de laser que ele emite para entender seu posicionamento. O problema é que, aparentemente, isso pode danificar permanentemente um sensor de câmera digital.
Câmera cega
Foi exatamente isso que contou o engenheiro Jit Ray Chowdhury à publicação Ars Technica após uma visita à CES 2019, onde teve sua câmera digital de quase US$ 2 mil, cerca de R$ 7,4 mil, danificada após fazer fotografias de um carro autônomo fabricado pela Ridecell. “Eu notei que todas as minhas fotos estavam aparecendo com uma mancha. Cobri a câmera com a tampa da lente e as manchas continuam lá – ela está queimada no sensor”, disse Chowdhury.
Nas fotos que o engenheiro publicou em seu Twitter, é possível ver nitidamente pontos com riscos que são permanentes e aparecem em todas as fotos que tira. Ele afirmou na postagem: “O LiDAR da AEye danificou minha DSLR, ele não é seguro para serem fotografado. Não fui avisado quando pedi permissão para tirar fotos, nem isso aconteceu com nenhum outro LIDAR. Veja as manchas vermelhas, são danos permanentes”.
@CES @AEyeInc Aeye LIDAR damaged my DSLR, they are not safe to be photographed. Neither was I warned when I took permission for photo nor this happened with any other LIDAR. See the red spots, they are permanent damages. pic.twitter.com/WlvJtCH3rd
— Jit Ray Chowdhury (@jitrc) 9 de janeiro de 2019
Conforme Chowdhury mesmo confirmou, com outros sensores desse tipo não havia acontecido nada. O LiDAR em questão é fabricado pela empresa AEye e seu CEO Luis Dussan confirmou para a Ars Technica que, mesmo os lasers sendo totalmente inofensivos para os olhos, há uma chance de que sensores sensíveis como o de câmeras digitais possam ser afetados pelos feixes emitidos. A AEye se ofereceu para comprar uma câmera nova para Chowdhury e vai analisar os efeitos de seu LiDAR nesses casos específicos.
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