Se você achava que a sílica só tinha aplicações banais como evitar mofo ou servir de areia sanitária para gatos, saiba que esse material versátil está sendo utilizado por pesquisadores do Oak Ridge National Laboratory, nos EUA, como isolante para baterias de lítio. Com isso, as baterias que encontramos em nossos smartphones e outros eletrônicos se tornam muito mais seguras, sendo menos suscetíveis a curtos e autocombustão.
Em outras palavras, baterias que usarem o novo isolante de sílica criado pelos pesquisadores norte-americanos serão mais resistentes a impactos e, consequentemente, terão menos chances de pegar fogo.
Pó de sílica (no pote azul) aplicado ao material isolante ("papel" branco) melhora significativamente a resistência de baterias de lítio
Baterias de lítio são basicamente compostas por uma substância pastosa ou líquida que conta com dois eletrodos separados por uma fina camada de plástico. Quando aparelhos eletrônicos são derrubados ou amassados, essa película pode se romper e permitir o contato entre os eletrodos, o que causa um curto-circuito. Quando isso acontece, o material pega fogo ou libera muito calor e fumaça.
O material se torna rígido instantaneamente, e só volta ao seu estado macio quando a pressão é liberada
Substituindo esse plástico por um composto de sílica, os pesquisadores conseguiram impedir que o isolante se rompesse quando a bateria fosse amassada ou derrubada. Isso porque, quando pressionado, o material se torna rígido instantaneamente, e só volta ao seu estado macio quando a pressão é liberada.
Esse novo isolante é barato e não requer muitas mudanças no processo produtivo de bateiras de lítio para ser implantada em larga escala. Ainda assim, não sabemos quando algum smartphone ou outro eletrônico destinado ao consumidor final pode acabar recebendo esse recurso de segurança.
Além da óbvia aplicação em smartphones, os pesquisadores falam sobre o uso desse composto de sílica em baterias de drones e também em vestes/armaduras de soldados em operações militares.
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