Alô, galera ligada em bons hardwares. A NVIDIA anunciou, durante a SIGGRAPH, o que ela chama de “a reinvenção da computação gráfica”. O slogan vem para revelar a chegada de uma nova arquitetura de chips gráficos: a Turing.
De acordo com a companhia, este lançamento marca o maior salto desde a invenção da GPU CUDA, ainda lá em 2006 — tecnologia que se perpetuou por várias gerações. Assim, a grande novidade em relação à Turing é a mudança nos núcleos, que agora são os novos RT Cores e também os Tensor Cores.
Conforme já comentamos em vídeo especial no The Hardware Show (confira abaixo), a aposta da NVIDIA para próximas primaveras é a técnica de renderização Ray Tracing. Assim, nada mais óbvio do que uma GPU capaz de acelerar o processamento dessa atividade.
Os RT Cores chegam para acelerar o traçado de raios, enquanto os Tensor Cores melhoram a Inteligência Artificial e, juntas, possibilitam o uso de Ray Tracing em tempo real — algo que, até então, era inviável dada a enorme carga de processamento.
É claro que a NVIDIA não ficou apenas na GPU e já aproveitou o ensejo para anunciar a chegada de novas GPUs que inauguram a arquitetura Turing. Num primeiro momento, teremos os chips NVIDIA Quadro RTX 8000, Quadro RTX 6000 e Quadro RTX 5000.
"Turing é a inovação mais importante da NVIDIA em computação gráfica em mais de uma década", disse Jensen Huang, fundador e CEO da NVIDIA. “A renderização híbrida mudará a indústria, abrindo possibilidades incríveis que melhoram nossas vidas com designs mais bonitos, entretenimento mais rico e experiências mais interativas.”
Esta é a oitava geração de arquiteturas de GPU da NVIDIA, mas é válido notar que a Turing é a primeira arquitetura de GPU do mundo que suporta Ray Tracing — e, segundo a fabricante, é o resultado ao tempo equivalente a mais de 10.000 anos de esforço em engenharia.
Outro anúncio importante por parte da NVIDIA diz respeito ao suporte das empresas parceiras. Segundo a informação oficial, os principais aplicativos gráficos destinados a milhões de designers, artistas e cientistas são planejados para aproveitar os recursos do Turing através da plataforma de desenvolvimento RTX (para criar imagens como esta acima com muito mais desempenho).
Turing em números e novidades
Como toda novidade, a Turing chega cheia de surpresas. Trata-se de uma arquitetura com processadores dedicados a Ray Tracing, os RT Cores que já comentamos. Estes componentes aceleram o cálculo de como a luz e o som viajam em ambientes 3D em até 10 GigaRays por segundo.
Vale notar ainda que a Turing acelera as operações de Ray Tracing em tempo real em até 25x comparado à geração anterior, a Pascal, e os nós da GPU podem ser usados para renderização de quadro final para efeitos de filme em mais de 30x a velocidade dos nós da CPU.
Na parte de inteligência artificial, a arquitetura Turing se beneficia com os Tensor Cores, que, basicamente, são processadores que aceleram o treinamento de aprendizagem profunda e a inferência, fornecendo até 500 trilhões de operações tensoras por segundo.
Com tamanho nível de performance, a NVIDIA dá espaço para a chegada de recursos aprimorados por AI, novidades que podem aparecer em aplicativos inéditos. Alguns exemplos são o DLAA (Anti-Aliasing de Deep Learning), um avanço na geração de imagem em movimento de alta qualidade, o denoising, o dimensionamento de resolução e a re-temporização de vídeo.
Tais recursos fazem parte do software NVIDIA NGX, que conta com tecnologias de Deep Learning para os desenvolvedores integrarem gráficos aprimorados e acelerados, imagens fotográficas e processamento de vídeo em aplicativos com redes pré-treinadas — e tudo isso de forma fácil.
Por fim, mas não menos importante, a NVIDIA revelou que as GPUs baseadas em Turing têm uma nova arquitetura de multiprocessador para streaming (SM). Equipadas com até 4.608 núcleos CUDA, essas unidades realizam até 16 trilhões de operações de ponto flutuante em paralelo com 16 trilhões de operações inteiras por segundo.
“A chegada do Ray Tracing em tempo real é o Santo Graal da nossa indústria”
Na prática, isso significa que os desenvolvedores podem tirar proveito dos SDKs CUDA 10, FleX e PhysX da NVIDIA para criar simulações complexas, como partículas ou dinâmica de fluidos, para visualização científica, ambientes virtuais e efeitos especiais.
As GPUs Quadro com arquitetura Turing estarão, inicialmente, disponíveis no quarto trimestre deste ano. Até o momento, não há uma data de lançamento oficial para o Brasil. Então, o que você achou desta novidade? Será que teremos uma revolução similar no mundo dos games?
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