Não existiriam aparelhos eletrônicos portáteis se não fossem as baterias. Desde a década de 1980, quando os Walkmans da Sony começaram a se popularizar, surgiu a necessidade de uma fonte de energia confiável e duradoura. A tecnologia avançou, e hoje possuímos aparelhos que consomem muito mais energia do que os antigos, mas mesmo assim duram pelo tempo suficiente.
Por se tratar de um componente essencial, queremos sempre que a carga da bateria dure o máximo possível. Se nem chegou a hora do almoço e seu smartphone está morrendo, veja esses 7 fatos e tente proteger essa parte fundamental do seu aparelho.
1. Tecnologias utilizadas
Atualmente, são utilizados dois tipos de baterias em smartphones: as de íons de lítio e as de polímero de lítio. Ambas adotam o lítio como ânodo (polo negativo), deixando a diferença para o cátodo. Enquanto a de íons utiliza outros metais para cumprir a função, a de polímeros emprega um composto especial, que aumenta sua maleabilidade e a capacidade de carga. Apesar das vantagens, seu custo de produção é mais alto e, na batalha da relação custo-benefício, a bateria de íons de lítio é a vencedora.
2. Conectadas o tempo todo
Quem trabalha com o notebook no escritório já passou por esse dilema: deixar o cabo da bateria conectado o tempo todo ou só recorrer a ele quando a carga estiver muito baixa? Não existe problema em deixar o cabo de força ligado o tempo todo, já que existem dispositivos internos para evitar qualquer tipo de sobrecarga.
3. Não deixe a bateria descarregada por muito tempo
Não existe problema em, eventualmente, utilizar seu smartphone até que ele desligue sozinho por falta de bateria. Diversos dispositivos de segurança protegem o componente, evitando a ocorrência da descarga completa — que inutiliza a bateria. Se por algum motivo for guardar um aparelho eletrônico por um longo período, sempre deixe a bateria com pelo menos metade da carga máxima. Ela vai descarregar sozinha, lentamente, mas dependendo do tempo pode acabar estragando.
4. Como é medida a carga disponível?
É possível calcular a porcentagem disponível em relação à carga máxima, chamada de State Of Charge (SoC), ou medir o quão descarregada ela está, indicador conhecido como Depth Of Discharge (DoD), que no fim também é um percentual sobre a carga máxima. Ambas as formas partem do princípio de que os “100%” são, na verdade, 80% da capacidade real da bateria. Essa reserva de 20% é mantida porque a eficiência do componente diminui com o tempo, e a descarga total é um atestado de morte. Podem ser utilizados outros métodos, baseados em voltagem ou corrente elétrica, mas eles são tão imprecisos quanto os citados acima.
5. Ciclos de carga
Não importa o modelo; toda bateria tem uma vida útil. Para determinar isso, as fabricantes utilizam o conceito de ciclo de carga, contando cada vez que o componente recebe 100% de energia, e não pelo número de vezes que o carregador foi conectado. Recomenda-se que a bateria seja utilizada carregada entre 40% e 80% da capacidade, pois nessa faixa sua eficiência seria maior. O número máximo de ciclos depende do fabricante, mas oscila entre 300 e 1 mil vezes.
6. Fuja do calor!
O pior inimigo da sua bateria, com certeza, é o calor. A alta temperatura faz com que os compostos químicos no interior do componente trabalhem de forma menos eficiente, diminuindo a capacidade de carga em um tempo muito mais curto, quando comparado ao uso em condições ideais. A imagem acima mostra a diferença na eficiência de baterias, quando utilizadas em altas temperaturas.
7. Carregadores paralelos
Existem diversos componentes que protegem e proporcionam uma maior vida útil para as baterias, mas, como qualquer produto de alta tecnologia, são bem sensíveis. Os carregadores originais, fornecidos com seu aparelho, são projetados especificamente para aquela bateria, então tente utilizar somente ele para efetuar as recargas. Mesmo carregadores originais, mas de outros aparelhos, podem possuir características diferentes de fornecimento de energia — o que significa, em alguns casos, danificar seu aparelho. Sabendo disso, não é preciso falar sobre o risco que se corre ao utilizar um carregador paralelo.
Fontes