O presidente venezuelano Nicolás Maduro teria sido alvo de um atentado com drones carregados de explosivos durante o último final de semana — é a primeira vez que se tem notícia de um ataque ao mandatário de um país realizado com este tipo de equipamento. A ação ocorreu às 17h41 de sábado (4) enquanto Maduro realizava um discurso sobre o 81º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana.
No momento do ataque, soldados que estavam próximos ao presidente correm para protegê-lo e há algumas imagens circulando na web em que é possível ver o suposto drone que atingiria o presidente venezuelano, mas explodiu no ar. As autoridades do país alegam que alguns equipamentos voadores foram abatidos por atiradores de elite do exército do país.
#Venezuela | El momento de la explosión de uno de los drones durante el #AtentadoFallidoVzla contra el presidente @NicolasMaduro en Caracas. pic.twitter.com/BTekUnoh4N
— teleSUR TV (@teleSURtv) 5 de agosto de 2018
Em pronunciamento feito algumas horas mais tarde, o ministro das Comunicações do país sul-americano Jorge Rodríguez afirmou que o mandatário venezuelano saiu ileso, mas que sete soldados venezuelanos ficaram feridos.
Também em pronunciamento transmitido pela televisão algumas horas depois, o próprio Maduro falou sobre o ataque afirmou que os “responsáveis materiais” por ele já haviam sido capturados e que as investigações sobre o caso estavam em estágio avançado. Além disso, o presidente venezuelano acusou como mentores do ataque a CIA e o presidente da Colômbia Juan Manuel Santos.
Sete soldados ficaram feridos em atentado sofrido por Nicolás Maduro no último sábado.
Um representante do governo colombiano,porém, afirmou em entrevista a jornalistas que “isso não tem base” e negou qualquer envolvimento de Santos no caso. Segundo o porta-voz, o presidente colombiano estaria “dedicado ao batismo de sua neta Celeste e não a tombar governos estrangeiros”.
Apesar das acusações de Maduro, o pouco conhecido grupo Movimento Nacional Soldado de Camisetas reivindicou pelo Twitter a autoria do ataque. Segundo a BBC, a organização foi fundada há quatro anos para “agrupar todos os grupos de resistência a nível nacional” na “luta contra a ditadura”.