A DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa) tem se esforçado cada vez mais para aprimorar a tecnologia militar americana. Não é à toa que, na terça-feira (17), a agência anunciou seu programa SHRIMP — abreviação em inglês equivalente a Plataformas Microrrobóticas Independentes de Intervalo Curto —, iniciativa que está sendo projetada para navegar por zonas perigosas de desastres naturais e, assim, poder ser útil no salvamento de vidas.
O grande diferencial do SHRIMP em relação aos demais microrrobóticos é a sua dimensão: a DARPA conseguiu reduzir a tecnologia até o tamanho de um inseto. Então, em caso de um terremoto — que causa grandes danos a estruturas, serviços essenciais e ameaça a segurança humana —, ser capaz de trafegar pelos escombros e entrar em áreas instáveis pode ser essencial para salvar vidas ou detectar riscos adicionais entre os destroços.
Como explica o gerente do programa, Ronald Polcawich, "Seja em um cenário de desastre natural, uma missão de busca e resgate, um ambiente perigoso ou outra situação crítica de socorro, os robôs têm o potencial de fornecer ajuda e suporte muito necessários. No entanto, há vários ambientes inacessíveis para plataformas robóticas maiores".
Porém, ele alerta: "Sistemas robóticos menores podem fornecer ajuda significativa, mas o encolhimento dessas plataformas exige um avanço significativo da tecnologia subjacente". Ou seja, por serem pequenos, os robôs SHRIMP podem sofrer com a perda de poder técnico e controle na execução de tarefas. Por isso, a agência pretende buscar materiais e mecanismos de atuadores que priorizem fatores como a relação entre força, peso e densidade máxima de trabalho. Avanços nessas áreas poderiam equipar o SHRIMP com a resistência e a habilidade necessárias para executar tarefas críticas.
Os robôs SHRIMP serão submetidos a rigorosos testes a partir de março de 2019, nos quais sua eficácia será avaliada. Para o desenvolvimento do projeto, a DARPA prevê um investimento total de US$ 32 milhões.
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