O iPhone X pode ser considerado mais um sucesso em termos de inovação, com o Face ID e a câmera TrueDepth — elementos que vêm mudando o mercado, incluindo aí o infame notch, que comporta esses elementos na primeira tela OLED de um aparelho da Apple. Contudo, não dá para afirmar que ele pode ser absoluto em termos comerciais, principalmente em tempos que o mercado mostra certa saturação. Neste ano, a companhia está mais cautelosa e diminuiu, discretamente, os pedidos de componentes junto aos fornecedores.
Maçã apresentou queda de 1% na venda de iPhones entre outubro e dezembro de 2017, período de lançamentos
"A Apple está bastante conservadora em termos de novas encomendas para os próximos iPhones. Para os três novos modelos, a capacidade total planejada pode ser até 20% menor do que as encomendas do ano passado”, disse uma de quatro fontes que fazem parte da cadeira de abastecedores da Maçã, em entrevista ao Nikkei Asian Review.
Para este ano estão previstos um iPhone X Plus como novo top de linha, com tela OLED de 6,5 polegadas (algo que custaria entre US$ 900 e US$ 1 mil); o sucessor direto do iPhone X, com OLED de 5,8 polegadas (na faixa dos US$ 800 a US$ 900); e um terceiro modelo, com display LCD de 6,1 polegadas (entre US$ 600 e US$ 700), para substituir os atuais iPhones 8 e 8 Plus.
De acordo com dados da própria Apple, remessas totais do iPhone, incluindo as gerações novas e anteriores, caíram 1% no ano no trimestre de outubro a dezembro de 2017, para 77,31 milhões — justamente o período de lançamentos. A queda foi maior do que a do setor, que pela primeira vez desde a popularização dos smartphones retraiu 0,3%, com impacto de 1,46 bilhão de unidades comercializadas a menos na temporada passada, segundo pesquisa do IDC.
A Gigante de Cupertino não respondeu ao assunto. Mas, dado aos números e à própria movimentação do mercado, que além do inchaço vê a ascensão das marcas chinesas, um pouco de cautela pode ser bem-vinda, especialmente nesse momento de adequação de suas novas linhas de produtos.