A Samsung pretende fortalecer a parceria com a Microsoft e as duas companhias trabalham juntas na criação de um novo dispositivo de realidade mista, ou seja, uma mistura de realidade aumentada e realidade virtual. Essa é a informação publicada nesta semana pelo site sul-coreano The Korea Times, que antecipa ainda outras características do suposto headest.
“A Samsung Electronics trabalha no desenvolvimento de um headset caro e sem fio que suporta tanto VR quanto AR”, informou à publicação um representante da Samsung que permanece anônimo. “Definitivamente, a Samsung planeja usar processadores, telas OLED e sensores caseiros. Mas, mais importante, a Microsoft reduziu as suas demandas por royalties conforme adota uma abordagem multifacetada para entregar um rico ecossistema de jogos e aplicativos que vai agradar os usuários”, prossegue.
A citação aos royalties feita pelo representante da companhia de Seul faz referência a uma espécie de apaziguamento nas relações entre Samsung e Microsoft. Por muito tempo, a Samsung pagou quantias volumosas à empresa de Redmond para usar Windows em suas máquinas e tal parceria ficou estremecida quando a MS se aventurou, sem sucesso, no universo dos dispositivos móveis, onde a Samsung reina soberana já há algum tempo.
Parte dessas novas relações entre as duas companhias envolveria ainda a utilização de chips da Samsung em dispositivos que adotam a tecnologia Windows Mixed Reality. Isso seria uma condição imposta pela Samsung para continuar apoiando a companhia estadunidense em novos negócios, aponta o The Korea Times citando outro executivo sul-coreano como fonte.
Segundo o representante da maior fabricante de celulares e processadores do mundo hoje, o mercado de realidade mista “é um tanto mais promissor” do que o VR puro. “Conforme domina o mercado de telefones e tablets, a Samsung tem forte interesse no mercado consumidor com seus novos dispositivos oferecendo suporte para a tecnologia de realidade mista”, completa o funcionário da Samsung.
Será que a parceria entre Samsung e Microsoft pode render mais frutos do que as iniciativas de Google e Apple no âmbito de realidade mista?