Os HomePods, assistentes virtuais da Apple turbinados com a Siri, já estão sendo avaliados por especialistas e a companhia aproveitou o lançamento para fazer aquela política de boa vizinhança e, claro, exibir toda sua incrível estrutura: convidou jornalistas para um tour em seu laboratório de áudio e Jim Dalrymple, do The Loop, falou um pouco como foi essa experiência.
Apple não costuma selecionar componentes usados por outras empresas e sim desenhar suas próprias versões a partir do zero
Para começar, Jim chamou a atenção para o fato que os componentes utilizados pela Gigante de Cupertino não são selecionados a partir do que já existe no mercado e sim são produzidos a partir do zero. Então, o local é utilizado não somente para os HomePods como para todos os gadgets que exploram o som — ou seja, todos os speakers do iPhone, iPad, iMacs, microfones, AirPods, Siri, Apple TV e o que mais estiver pela frente no setor.
Os protótipos são testados e enviados de volta quantas vezes forem necessárias até que todos os ajustes estejam adequados ao que os projetos almejam. O HomePod, por exemplo, demorou seis anos até que chegasse ao seu estágio final, principalmente porque a Maçã quis reunir uma equipe com profissionais de elite das marcas de áudio e de universidades para concretizar a meta de fazer com que “o alto-falante pudesse ser colocado em qualquer lugar da sala sem que isso afetasse a qualidade de som”, segundo Kate Bergeron, vice-presidente de Engenharia de Hardware.
E, para isso, a câmera anecoica — ou sem eco — da companhia, uma das maiores dos Estados Unidos, foi essencial. É uma sala construída dentro de outro cômodo e posicionada sobre molas isolantes, para que as vibrações exteriores sejam mantidas fora do ambiente de avaliação. Isso foi essencial para observar o comportamento do HomePod sob diferentes circunstâncias sonoras — e a maneira como o smart speaker se adapta a variados contextos.
Um quartinho só para reconhecimento vocal
Para desenvolver melhor a detecção de voz e os algoritmos de reconhecimento para a assistente digital Siri, a Apple utilizou a câmara chamada de Noise & Vibration, que inicialmente nasceu para diminuir a ruídos dos ventiladores de Macs e permite separar todos os ruídos dos sons que são relevantes para as plataformas.
Por exemplo, depois de medir captações de barulhos feitos por empregados em diversas salas, foi nesse quartinho que a equipe conseguiu caracterizar um pedido à Siri de coisas irrelevantes ao fundo. No caso do HomePod, isso permite ao aparelho compreender seus pedidos mesmo com uma canção sendo executada por perto.
Uma sala para redução de ruídos eletrônicos
A câmara final visitada por Jim foi criada para isolar ruídos eletrônicos, como aqueles que os dispositivos emitem quando estão em standby. Essa sala fica sobre 28 toneladas de concreto e os painéis de absorção possuem 30 centímetros de espessura, em 80 montagens diferentes, sob uma estrutura de 27 toneladas.
Esse quartinho foi criado para estar dentro do padrão acústico de -2 dBA, que fica abaixo do limiar da audição humana, o que oferece a sensação de completo silêncio. E, assim como os próximos projetos, os HomePod ajudaram a melhorar toda essa estrutura e a refinar o que já foi testado para os produtos existentes.
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