Com a briga pelo mercado de alto falantes inteligentes se tornando cada vez mais acirrada, não é de se surpreender que algumas das maiores competidoras nessa área não estejam exatamente dispostas a ficar promovendo as concorrentes. Foi exatamente isso o que alguns acabaram pensando após um suposto mal-entendido envolvendo a Alexa, o Google Home e um aplicativo, que levantou suspeitas de que a Amazon estaria escondendo o nome da gigante das buscas das novas habilidades de sua assistente virtual.
Todo o caso, relatado pelo site TechCrunch, teve início com o jogo Mind Maze, criado pelo desenvolvedor Jo Jaquinta. Ao fechar o programa, o aplicativo deveria originalmente conter uma notificação explicando como relançar a habilidade futuramente, em algo nos moldes de “para jogar novamente, diga ‘Alexa, abra Mind Maze’”; no entanto, por uma pequena confusão, a versão que chegou para ser testada pelos funcionários da Amazon era aquela desenvolvida para o Google Home, e usava o comando “Ok Google”.
Como resultado, o programa foi prontamente rejeitado pela empresa. Mas o que mais gerou controvérsia foi a explicação da empresa para tal: a promoção do Google Home não seria permitida em aplicativos da Alexa. Não que o app usou uma frase incorreta ou que a mensagem poderia ser confusa para o público, mas que ele não deveria fazer menção ao produto do competidor.
Veja logo abaixo o que foi escrito pelo funcionário:
“Resultado atual: a habilidade promove o google home ao dizer ‘Ok Google’ quando o usuário diz Pare ou Cancelar.
Resultado esperado: a habilidade não deve promover o Google Home.”
Apenas um mal-entendido
Diante de tudo isso, porém, um representante da Amazon veio se retratar do ocorrido. Para começar, foi explicado que as palavras usadas pelo funcionário que analisou o aplicativo estavam incorretas. Além disso, a empresa esclareceu que não tem a prática de banir nomes de marcas, e que o motivo da rejeição do app foi apenas a confusão que a frase errada poderia acarretar.
Você pode ler a declaração completa abaixo:
“Nós revisamos a habilidade e determinamos que a frase incorreta poderia levar à confusão do consumidor e não representava precisamente a funcionalidade da habilidade. A resposta do representante de certificação foi um erro. Nós não banimos o uso de nomes de marcas, embora nós nos esforcemos para garantir que marcas registradas, propriedades intelectuais ou nomes de marcas sejam usados propriamente.”
A boa notícia é que, em meio a tudo isso, ao menos o Mind Maze acabou por ser aprovado e adicionado à loja. Mas é difícil não sentir que a animosidade entre a Amazon e a Google só vem crescendo – ainda mais com todas as brigas que elas já tiveram nos últimos tempos.
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